O governador Carlos Moisés se reuniu com o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em Brasília no fim da tarde desta quarta-feira, 24, e reforçou as demandas de Santa Catarina para o enfrentamento da pandemia de Covid-19. Os principais pleitos foram o envio de equipamentos, como respiradores e monitores multiparâmetros, para a ativação de novos leitos de UTI, a disponibilização de medicamentos para o chamado kit intubação e um reforço de 61,9 mil doses extras de vacinas para finalizar a imunização dos trabalhadores de saúde.
Acompanhado do secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, o chefe do Executivo estadual entregou ofício com os quantitativos requeridos por Santa Catarina. No caso dos equipamentos, a solicitação é por 150 respiradores, 150 monitores multiparâmetros e 750 bombas de infusão. Em relação aos medicamentos, o pedido é por 89 mil unidades de atracúrio 2,5 ml, 12 mil unidades de propofol e 25 mil unidades de rocurônio. Sobre a vacinação, além do envio de 61,9 mil doses extras, o governador também solicitou que as forças de segurança sejam vacinadas de forma mais célere dentro do Plano Nacional de Imunização (PNI), por conta do alto nível de contato no trabalho e da intensificação dos trabalhos de fiscalização.
Sobre o pedido de respiradores e monitores, o governador ressaltou que a entrega dos equipamentos garantirá a abertura de mais 150 leitos de UTI de maneira praticamente imediata. Carlos Moisés relatou que o ministro ficou de verificar os estoques disponíveis para responder a solicitação.
“Viemos apresentar essa demanda de respiradores e monitores para fazer a instalação imediata. O ministro ficou de olhar os estoques para viabilizar. Esses novos leitos de UTI distensionariam a nossa rede. É importante lembrar que nenhum catarinense está desassistido, mas nem todos têm acesso ao ambiente de UTI. Com essa transferência dos equipamentos, conseguimos ativar mais 150 leitos de forma equânime pelo Estado de Santa Catarina”, afirmou o governador.
O presidente do Colegiado Superior de Segurança Pública e Perícia Oficial, coronel Charles Alexandre Vieira, também acompanhou a audiência.
Medicamentos para o kit intubação
Em relação aos medicamentos do kit intubação, além de solicitar uma remessa de medicamentos ao Estado, o governador pediu ao ministro Queiroga que atue junto Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para viabilizar a importação de um estoque de medicamentos que seria suficiente para um período de 60 dias para todos os estados.
“Os medicamentos do kit intubação são uma demanda nacional. A OPAS consegue viabilizar uma importação suficiente para abastecer o mercado nacional para os próximos 60 dias. Nós viemos aqui reiterar esse pedido ao Ministério da Saúde para chancelar a autorização de entrada. Isso é algo que vai beneficiar todos os hospitais públicos e privados. Queremos seguir dando condições de intubação a todos os pacientes que necessitam”, relatou o governador.
Sobre esse pedido, o ministro Queiroga destacou que iria se reunir ainda na noite desta quarta-feira com representantes da OPAS para tratar do assunto. Carlos Moisés também reiterou que o Governo do Estado vem auxiliando os hospitais da rede filantrópica com o envio de insumos do kit intubação.
Na avaliação do secretário da Saúde o encontro com o novo ministro foi produtivo e deve gerar resultados para Santa Catarina em breve.
“Foram vários encaminhamentos. Viemos reforçar a parceria de Santa Catarina com o Ministério da Saúde, como foi desde o início da pandemia e também com o Plano Nacional de Imunização. Viemos trazer pleitos para o envio de equipamentos e a correção no quantitativo de vacinas. Contratamos muitos profissionais de saúde para fazer o enfrentamento da pandemia e houve um equívoco por parte do Ministério. Estamos requisitando essa diferença. Também viemos apoiar para buscar uma forma de viabilizar a chegada de mais insumos para o ki intubação. É uma forma de ajudar Santa Catarina e também o Brasil. Por fim, trouxemos um pleito justo da tentativa de vacinarmos as forças de segurança, que estão atuando firmemente na fiscalização das medidas de enfrentamento à pandemia”, resume Motta Ribeiro.