Coluna do dia

Moisés faz história

A vitória do Comandante Moisés não tem precedentes na história de Santa Catarina. Foi um feito histórico.

Com mais de 71% dos votos, ele encarnou como poucos o sentimento de mudança reinante no eleitorado estadual. E já na segunda-feira, Moisés começou a trabalhar cedo, atendendo a imprensa e indo a compromissos políticos.

Está animado, focado e sinaliza que mantém os pés no chão.

O governador eleito conquistou vitórias acachapantes em Joinville, Florianópolis e Blumenau. Na Capital, com mais da metade dos votos de Gelson Merisio. E nas outras duas, aproximando-se para mais e para menos de três quartos dos sufrágios em comparação ao adversário.

Surpreendentemente, ele também venceu em Chapecó, base política de Merisio, e em Lages, terra de Raimundo Colombo. Foram vitórias com uma vantagem  de dois dígitos e muito emblemáticas.

 

Oposição

O resultado, é importante reafirmar, transforma Merisio no líder indiscutível da oposição em Santa Catarina. Apesar de ter feito menos votos do que no primeiro turno, o pessedista, convém lembrar, não enfrentou apenas Carlos Moisés. Enfrentou também Jair Bolsonaro, a onda Bolsonaro, o desejo de mudança e o desgaste de ser de um partido governista.

O MDB está no governo há 16 anos. O PSD, há 12, sendo que nos últimos sete, com o governador do Estado. Isso tudo impulsionou ainda mais a campanha de Moisés.

 

Ligação

Jair Bolsonaro, sem sombra de dúvidas, tem uma dívida de gratidão com Santa Catarina. Foi aqui que ele fez as maiores votações proporcionais. Tanto no primeiro quanto no segundo turnos. Fato inédito. Lula da Silva fez a maior votação proporcional em Santa Catarina. Mas no primeiro turno de 2002. E Aécio Neves também, mas somente no segundo turno de 2014!

 

Correligionários

O governador eleito é correligionário do presidente eleito. Dos Estados de ponta, somente Santa Catarina elegeu um chefe do Executivo do PSL. Este fato, aliado às duas votações históricas de Bolsonaro no Estado, devem ser favoráveis aos catarinenses. A conferir!

 

Condução

Em que pese os números finais, Gelson Merisio foi um bom candidato. Suplantou o MDB e foi para o segundo turno. Conduziu a campanha conforme tinha que ser feito diante do cenário.

No round final, fez o comparativo com Moisés, demonstrando sua experiência e preparo indiscutíveis.

 

Comunicação

O erro na campanha de  Gelson Merisio foi na comunicação e marketing. Pegou o eixo errado, tentando desconstruir Carlos Moisés, um homem de conduta e carreira profissional ilibada, de todas as maneiras.

O eleitor reagiu deixando muito claro que não aceita mais essa prática antiga, esse cacoete de atacar e tentar destruir as pessoas.

 

Gaúchos

O deputado gaúcho Onyx Lorenzoni, do DEM, será o chefe da Casa Civil de Jair Bolsonaro. Ele tem uma boa ligação com Santa Catarina. Quando Jorge Bornhausen presidia o antigo PFL, Lorenzoni era visto com frequência na Praia Brava, onde JKB tem residência. Depois da transição do PFL para o DEM e a saída de Bornhausen da vida pública, os dois naturalmente se afastaram. Mas mantém excelente interlocução quando necessário. Curiosamente, a transição administrativa no Palácio do Planalto será feita por dois gaúchos. Elizeu Padilha, o chefe da Casa Civil de Michel Temer, também é natural do Estado vizinho.

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