No mês de março do ano que vem teremos a janela para que detentores de mandato troquem de partido sem o risco de perderem a cadeira. Fora da janela, qualquer troca de endereço partidário está sujeita à reivindicação dos mandatos, pela vida judicial, por parte dos dirigentes das agremiações políticas.
Lá em março haverá grandes mudanças, considerando-se a perspectiva eleitoral. As convenções homologatórias estão marcadas para agosto, portanto, março será um mês decisivo de acomodação das peças no tabuleiro.
A começar pelo governador Moisés da Silva, que já decidiu que não permanecerá no PSL, partido pelo qual se elegeu em 2018. O Progressistas (PP) é o destino mais provável.
Ele poderia, sem dúvidas, buscar entendimentos com o PSD e PSDB.
Ninho eletrificado
No caso dos tucanos, existe a condicionante que atende pelo nome de Gelson Merisio. Se ele permanecer na sigla, o que não parece muito provável, o entendimento ganha contorno de missão quase impossível. O ex-deputado foi o adversário do governador no segundo turno do pleito de 2018, ainda filiado ao PSD.
Algoz do governador
Mais recentemente, Merisio fez inúmeros e agressivos movimentos de bastidores no sentido de cassar Moisés pelo processo de impeachment dos respiradores, o que acomodaria Daniela Reineher definitivamente na cadeira número 1 do estado.
Rota de colisão
Seu correligionário, Marcos Vieira, votou com o governador no processo de impeachment e segue fechado com Moisés da Silva. Ou seja, o clima para Merisio no ninho é dos mais delicados.
Composição
Assim como o PSD, o PSDB poderia indicar o vice de Moisés da Silva ou o pretendente ao Senado, caso o governador opte pela candidatura à reeleição e filiado ao Progressistas.
Na foto, Moisés e o presidente estadual do PSL, deputado Fábio Schiochet durante a campanha de 2018. Os dois, aliás, praticamente não tem se falado. A relação, que já foi boa, praticamente inexiste neste 2021.
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