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Moisés reapareceu cometendo novo equívoco

Há um sentimento, em vários segmentos políticos, sobre a agenda que Moisés da Silva estabeleceu para conversar com o presidente da Assembleia, Júlio Garcia. Que o recebeu, obviamente.

A iniciativa, contudo, foi do governador afastado. Que agora parece estar querendo tomar gosto pela política (a conferir).

A mensagem que Moisés quis passar foi de união para um novo momento ali adiante, quando ele deve voltar ao cargo. Maravilha. Só que ele errou no timing e na forma.

Sobre a tempestividade, já registramos aqui: deveria ter procurado Júlio Garcia em fevereiro de 2019 e não agora. Efetivamente, o presidente do Legislativo estadual tem um mês e meio de mandato. No calendário, são três meses, mas na vida real, sabemos todos, a segunda quinzena de dezembro e o mês de janeiro não contam. Ou seja, já existem fortes movimentos na Alesc visando a próxima eleição na Casa.

Outro aspecto: depois do desfecho do primeiro impeachment no Tribunal Especial, as bancadas estão se reaglutinando e seguindo seus rumos. O MDB agora mantém certa distância de Júlio Garcia. O PT sempre foi independente em relação ao líder parlamentar; no PL, quem manda é o senador Jorginho Mello; e os seis do PSL são imprevisíveis. Só pra ficar em alguns exemplos do contexto atual.

Moisés da Silva, no entanto, errou também na forma de abordagem para esta nova fase que ele pretende imprimir se voltar ao governo. Escrever uma carta pode soar pedagógico, até lúdico, mas neste caso não surte o menor efeito. Ele deveria (ainda há tempo, muito embora os deputados olhem sempre com enorme desconfiança política para o governador) buscar as bancadas, fazer conversas partidárias, individuais e inclusive com os líderes das legendas. Ao fim e ao cabo, o governador afastado criou sim um fato. Mas seu tempo e forma foram inadequados. Como quase todos os movimentos dele na seara política!

foto>divulgação

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