Há cerca de duas semanas, voltou com força, nos bastidores, uma conversa apontando que o governador Eduardo Moreira assumiria a candidatura à reeleição pelo MDB, tirando Mauro Mariani do páreo. O blogueiro não deu muita atenção por não encontrar consistência na especulação.
Pois esta semana novamente voltou-se a falar no assunto em conversas aqui e acolá, inclusive com registros de colegas jornalistas. Justamente no vácuo da viagem particular de 10 dias que o governador faz à Europa. Na segunda-feira, ele entregou o comando do Estado ao presidente do Tribunal de Justiça, desembargador Rodrigo Collaço. Coube ao magistrado sancionar o polêmico e fora de época projetos de lei que criam 462 cargos na estrutura do Judiciário e remanejam outros 402 postos de trabalho já existentes.
Somando tudo, estão sendo criados quatro vezes mais cargos do que aqueles mais de 200 que Moreira extinguiu logo que assumiu o poder. O governador se valeu do artifício de viajar para não assumir o ônus, o desgaste em função dos novos cargos. Muito bem. É postura de quem tem pretensão eleitoral.
Mas vamos combinar que não há a menor chance de Moreira tentar a reeleição. Mauro Mariani hoje é muito mais candidato do que ele. Presidente do partido e postulante à cabeça de chapa, Mariani unificou o Manda Brasa. Algo que não se via desde a reeleição de Luiz Henrique da Silveira, lá em 2006.
A curiosidade, vamos dizer assim, de cardeais emedebistas, é confirmar a fonte destas informações sobre a suposta pretensão de Eduardo Moreira.
