Depois de um longo inverno, Raimundo Colombo e Eduardo Moreira (D) voltaram a conversar politicamente. Foi na terça-feira, quando trocaram informações e impressões longamente. Administrativamente, ressalte-se, os dois sempre mantiveram boa convivência. Até pelo estilo agregador do governador, que evita bater de frente.
Enquanto Colombo transpareceu que mantém a ideia de disputar o Senado, projeto que, evidentemente, dependerá do quadro político no primeiro trimestre de 2018, Pinho Moreira deixou muito claro que não será candidato a governador. É candidato a terminar o mandato, a exemplo do que já fez na primeira gestão de Luiz Henrique da Silveira.
O nome de Moreira para 2018 chama-se Udo Döhler. E o sonho é ter o PSDB de vice, com o prefeito Clésio Salvaro (E), de Criciúma, cidade que o próprio Moreira já administrou.
Guinada
Vale lembrar que Eduardo Moreira e Clésio Salvaro não eram adversários. Eram inimigos mortais na política. Os xingamentos que já trocaram, inclusive pela mídia, são do arco da velha. Agora são aliados. Mas fica a dúvida de como o eleitorado do Sul reagiria à composição sonhada pelo vice, alinhando duas figuras que se digladiaram mortalmente durante anos.
Fila
Há outro senão nesta articulação pilotada por Moreira. O PSDB tem outros nomes, a começar pelo do senador Paulo Bauer, que tem recall de 2014 e está mais forte do que nunca.