Eduardo Moreira anunciou, de forma surpreendente, na manhã desta quarta-feira, que 15 (o número do seu partido) Secretarias Regionais serão desativadas (confira a lista abaixo). Com a medida, o governador em exercício pretende economizar R$ 45 milhões entre despesas de pessoal e de custeio. Vai ser um corte de 20% no total de comissionados. Moreira fez anúncio ao melhor estilo Luiz Henrique da Silveira, por mais paradoxalmente que isso possa parecer, pois LHS criou as regionais, mostrando o caderninho do Plano 15 que o ex-governador costumava apresentar.
A lista
Deixarão de atuar as Secretarias Regionais de Timbó, Brusque, Ibirama, Itapiranga, Palmitos, Dionisio Cerqueira, Seara, Caçador, Ituporanga, Taió, Laguna, Braço do Norte, Canoinha, Quilombo e São Joaquim. As quatro Secretarias Executivas que não terão utilidade no mandato-tampão de Moreira são Articulação Estadual, Recursos Vinculados, Assuntos Internacionais e Assuntos Estratégicos. Normalmente, eram usadas para acomodação política.
Colombo e Merisio
A canetada de Eduardo Moreira, extinguindo 15 Agências de Desenvolvimento Regional (ainda chamadas de secretarias regionais) tem forte conotação político-eleitoral. Gelson Merisio, hoje grande adversário do MDB de Moreira, está há um ano e meio pregando a necessidade de pôr fim às regionais. Com o corte de quase metade delas, a bandeira tende a perder força. Pode ter reflexos também na herança de Raimundo Colombo, que passou sete anos no poder e já havia transformado as estruturas de Secretarias para Agências, o início do processo de esvaziamento da chamada descentralização criada por LHS.
Fundam 2
Ainda cercado de algumas dúvidas, o Fundam 2, por ora, está restrito à metade do valor inicial que havia sido anunciado por Raimundo Colombo no ano passado. Eduardo Moreira anunciou que metade do valor, R$ 360 milhões, serão utilizados num primeiro momento para eletrificação rural, obras na SC-401, em Florianópolis, e na recuperação das duas pontes de acesso à Ilha de Santa Catarina.
Foco
Segurança, Saúde e enxugamento da máquina com cortes de custos. Estas têm sido as palavras de ordem no governo Eduardo Moreira, cujos secretários ainda estão assumindo.