MPSC aperta os cintos
Procurador-Geral de Justiça, Sandro José Neiss, está fazendo muitas contas em 2015. Calcula que, mediante a queda de arrecadação do Estado, a instituição já deixou de receber cerca de R$ 25 milhões da Secretaria da Fazenda. Projeta que fechará o ano com prejuízo aproximado de R$ 30 milhões referentes aos repasses do duodécimo. Evidentemente que o chefe do Ministério Público está tomando uma série de medidas para equacionar a contabilidade. Como a instituição realiza atividades exclusivamente meio, o orçamento é praticamente todo consumido com a folha de pagamento. É aí que Neiss está atuando. Ele confirmou à coluna, em primeira mão, que não irá chamar os aprovados para o preenchimento de 70 cargos na estrutura do MP em concurso realizado em 2014. Outro certame, no qual seriam admitidos nove promotores de Justiça, também vai ficar em stand by. Eles não serão nomeados em 2015. A mesma baliza vale para as seis vagas de procurador de Justiça (segundo grau). Estava tudo certo para a nomeação de seis novos procuradores, medida que agora foi para a geladeira. Significa que o Colégio de Procuradores do MPSC continua com os mesmos 50 integrantes. Para o corpo funcional, estão sendo revistas as concessões de horas extras e outras ações para a redução de despesas.
Foco
Com a contabilidade apertada, Sandro Neiss está focado na valorização de pequenas comarcas do interior. Ele está completando seis meses de mandato e já garantiu a presença do Ministério Público em Turvo e Dionísio Cerqueira. Ainda este ano, o chefe do MPSC assegura que serão instaladas as Comarcas de Araranguá, Porto União, Mafra, Canoinhas, Garopaba, Trombudo Central, Orleans e Jaguaruna.
Ganhando corpo
O nome do prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, vai encorpando quando o assunto é opção tucana à majoritária estadual (Senado ou vice) em 2018. Evidentemente que tal engenharia passa pela reeleição dele no ano que vem. O contexto no ninho tucano é o seguinte. Entre os quatro deputados estaduais, somente Vicente Caropreso fecha com Paulo Bauer.
No muro
Leonel Pavan advoga em causa própria, enquanto Marcos Vieira e Serafim Venzon estão observando o cenário, mas a tendência não é pelo apoio a Bauer. Até porque, Vieira chegou ao comando estadual do PSDB com apoio de Venzon e Pavan.
Outro senador
Claro que o nome do senador Dalirio Beber também não pode ser descartado, mas também não se trata de um encaminhamento natural. O tucano chegou à Câmara Alta após a repentina morte de Luiz Henrique.
PMDB de vice
Neste diapasão, o nome de Napoleão Bernardes passa a ser opção. E não é por acaso que o PMDB avalia a possibilidade de indicar o vice na chapa reeleitoral do tucano em 2016. O raciocínio é simples: se o prefeito disputa o Senado (são duas vagas) ao lado de Raimundo Colombo, teria excelentes chances de chegar lá. E aí, o PMDB voltaria, mais de duas década depois (Renato Vianna encerrou o mandato em 1993), ao comando da terceira maior cidade de Santa Catarina.
Berlinda
O ministro Teori Zavaski, que é catarinense e relator dos inquéritos referentes à Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo fiscal e bancário do advogado Fernando Neves. O causídico tem na sua carteira de clientes, o ex-deputado federal João Pizzolatti (PP).