O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou 62 pessoas e pediu a prisão preventiva de todas elas pela prática dos crimes de integrar organização criminosa e associação ao tráfico. Entre os denunciados, muitos participaram diretamente dos ataques a ônibus, repartições policiais e carcerárias e contra agentes públicos no ano de 2014 em Santa Catarina.
Entre os 62 denunciados, 41 já estão presos. Mesmo assim, o MPSC espera que a Justiça acate os pedidos de prisão
preventiva de todos eles para evitar que esses denunciados possam ser soltos em breve, dificultando o andamento do
processo e colocando em risco a segurança pública no Estado.
Ainda segundo as informações levantadas nos últimos meses pela Polícia e pelo Ministério Público, há indícios de que a facção criminosa mantém conexão com outras organizações criminosas. Esses grupos contam com o emprego de arma de fogo para suas atividades, bem como a participação de adolescentes.
“A soma do resultado do inquérito da Polícia Civil e da investigação do Gaeco (força-tarefa integrada pelo MPSC, Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria da Fazenda e Polícia Rodoviária Federal) foi fator fundamental para a deflagração da presente ação penal”, explica o Promotor de Justiça Alexandre Graziotin.
Na denúncia apresentada nesta sexta-feira, o Ministério Público pede também que as informações coletadas nesses autos sejam compartilhadas com outros 10 processos em andamento no Estado. Desta forma, será possível avaliar outras responsabilidades dos autores nos crimes praticados em 2014. Mais detalhes sobre a atuação da organização criminosa não poderão ser divulgados porque o processo corre em segredo de justiça.
Foto: Jornal de Tijucas, arquivo, divulgação