Moisés da Silva quer terminar o ano de 2020 bem diferente de como começou. Prova disso são as profundas mudanças que ele está promovendo no colegiado. A perda, forçada, de dois ex-colaboradores, Douglas Borba e Helton Zeferino, parece ter estimulado, de alguma maneira, o governador.
Ele já mexeu no Desenvolvimento Econômico, onde dará posse a dois excelentes nomes esta semana, quando outras mexidas têm tudo para se concretizarem.
Pelo menos quatro posições de primeiro escalão estão mapeadas para receberem novos titulares: Casa Militar, SCPar, Sapiens Parque e Articulação Internacional (que foi pilotada até pouco tempo por um empresário de Joinville que pediu para sair). A conferir.
Apoiado
Na semana que passou, o deputado federal catarinense Rogério Peninha Mendonça (MDB) reacendeu a discussão sobre uma proposta de sua autoria que estabelece concurso público para ingresso ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal. A motivação foram as últimas decisões que envolveram a mais alta Corte do País. “Eu não sou jurista, mas tenho acompanhado a insatisfação dos especialistas e, principalmente do povo brasileiro, com o que parece ser uma perseguição aos apoiadores do Presidente”, afirma Peninha.
Periodicidade
A isenção na escolha dos ministros do STF com o fim das indicações políticas virou uma Proposta de Emenda à Constituição apresentada pelo deputado. A PEC, em tramitação na Câmara, propõe ainda que os mandatos não sejam mais vitalícios e tenham a duração de 10 anos. “O comodismo causa vícios, precisamos oxigenar o judiciário” defende. A proposta é, além de muito interessante, absolutamente justa. A forma como se escolhem os ministros atualmente é típica de Repúblicas das bananas.
Sem nepotismo
Foi julgada improcedente a ação que acusava de nepotismo o prefeito de Araquari, Clenilton Pereira. A decisão favorável ao chefe do Executivo foi assinada pela juíza substituta da 1ª Vara da Comarca do município, Gabriella Matarelli Calijorne Daimond Gomes. Na liminar, agora revogada, o MP pedia a exoneração do irmão de Clenildon do cargo de secretário de Desenvolvimento Econômico, além da perda da função pública e suspensão dos direitos políticos.
Tiroteio
É quente, quentíssimo, o clima entre os deputados Daniel Freitas (federal) e Rodrigo Minotto (estadual). Os dois têm base política em Criciúma e as diferenças entre eles vão ganhando contornos de uma daquelas tremendas rivalidades. A coluna reproduz duas frases, uma de cada um, ditas semana passada e que resumem o tiroteio.
FRASES
Rodrigo Minotto – “Eu lamento profundamente que o deputado Daniel Freitas tenha reagido de forma completamente desproporcional. O vídeo comprova o que falei. Relatei a angústia do catarinense pela necessidade de mais leitos de UTI, e pedi ajuda para quem pudesse interceder junto ao Ministério da Saúde.”
Daniel Freitas – “O deputado estadual afirmou categoricamente que o Ministério da Saúde, assim como o Governo Federal, não está dispondo de auxílios ao nosso Estado para ajudar a conter a pandemia. E disse mais: que a bancada federal pouco fez ou faz diante desta tragédia que está assolando a todos. Pois bem, como Coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense e Deputado Federal, afirmo que isso é uma mentira irresponsável.”