O anúncio oficial do prefeito Udo Döhler (MDB), confirmando (até segunda ordem) que não renunciará à prefeitura de Joinville, o que o deixa fora da disputa majoritária estadual; e a delação que citou suposto Caixa 2 para o senador Paulo Bauer (PSDB), colocando uma certa dúvida sobre sua viabilidade eleitoral como pré-candidato ao governo daqui em diante; fortalecem o pré-candidato do PSD ao governo, Gelson Merisio.
Tanto é verdade que o próprio Raimundo Colombo passou a interagir novamente com Merisio, corrigindo a rota de seu plano original de renovar a aliança com o MDB. Somente Udo Döhler poderia salvar o casamento. Colombo nem esperou a decisão de Udo. Está no projeto que vem sendo costurado, habilmente, pelo deputado.
Merisio demonstra musculatura política. Além dos acordos com PP e PSB, tem outros oito partidos menores em sua órbita, e influencia em torno de 25 deputados na Assembleia. Não é pouca coisa no cenário atual. Além disso, Merisio está montando chapas proporcionais fortíssimas à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa.
Agora o desafio do pessedista é buscar maior visibilidade para poder construir lastro eleitoral compatível a esta articulação política.