Mudanças no governo
Jorginho Mello avalia a possibilidade de antecipar o prazo de desincompatibilização dos colaboradores que integram os primeiros escalões da administração estadual e que têm planos para as eleições do próximo ano.
A começar, evidentemente, pelos integrantes do Secretariado. O prazo fatal é a primeira semana de abril, seis meses antes do pleito.
O governador, contudo, poderá fazer as modificações entre janeiro e fevereiro. Antecipar para usar um critério único de afastamento e já recompor o Colegiado na sequência.
A priori, alguns nomes já aparecem como candidatos em potencial. Carmen Zanotto, secretária da Saúde, que não impediu a reeleição de Antônio Ceron em Lages por apenas 56 votos em 2020, e Estêner Soratto, chefe da Casa Civil, nome para disputar em Tubarão. Há outros secretários fazendo suas projeções, evidentemente.
Jorginho vem correndo o Estado em agenda pesada sob o aspecto administrativo, com inaugurações, assinaturas de ordens de serviço, mas sempre conciliando com as atividades político-partidárias.
De olho na eleição e em um número importante de prefeitos. O PL fala em eleger 100 dos 295 prefeitos.
Realidade
Pode ser uma meta que esteja um pouco superdimensionada, mas de qualquer forma o partido, que aqui em SC tem poucos prefeitos, se eleger 60, 70 já será um grande desempenho.
Diapasão
Qual outro partido fará essa quantidade de prefeitos? O MDB, que deverá perder gordura e hoje tem 100 mandatários municipais. PSD e PP podem ficar entre 40 e 50 prefeitos. O PT, se fizer duas dezenas dos alcaides, terá que soltar foguetes.
Por fora
Há outros partidos, evidentemente, como União Brasil, que poderão apresentar um resultado mais mediano.
A todo vapor
O governador está com o pé no acelerador projetando sua própria reeleição. Ele sabe que o fundamental é continuar com a parceria que hoje alimenta e pretende manter inalterada com Jair Bolsonaro. O ex-presidente é o grande eleitor de Santa Catarina.
Céu de brigadeiro
Fazendo uma boa gestão e seguindo alinhado com Bolsonaro, Jorginho já tem grandes perspectivas de recondução. Se, além disso, o governador fizer número razoável de prefeitos, ele estará numa condição privilegiada com vistas a 2026.
Sonhar é permitido
Quem virá para bater o chefe do Executivo estadual? Décio Lima pode tentar uma terceira candidatura consecutiva. Seu partido, o PT, tem teto e numa eleição limpa não chegará ao comando da máquina estadual.
Nortista
Fora o canhoto, na centro-direita, o nome que se destaca é Adriano Silva, do Novo, desde que seja reeleito em Joinville.
Deputados
Quem mais? Gelson Merisio, se voltar, tem pegada para tentar uma deputação. O mesmo raciocínio vale para Moisés da Silva e Gean Loureiro.
Alternativa
Clésio Salvaro, se fizer o sucessor em Criciúma, é nome para compor, não para encabeçar chapa.
Despreparo
Assim será também com João Rodrigues. Não tem guarda-roupa, estofo, preparo para ser governador. E primeiro terá que se reeleger em Chapecó.
Longevidade
Esperidião Amin, que é um sobrevivente lá da década de 1970, é o único da velha guarda que se mantém vivo. Tem extensa folha de serviços prestados, com destaque e seriedade, para Santa Catarina.
Manda Brasa
Pelo MDB, teríamos os dois nomes do Norte, o estadual Antídio Lunelli e o federal Carlos Chiodini, além do presidente da Assembleia, Mauro de Nadal.
É um trio de futuro. Na próxima eleição estadual, no entanto, também são opções para composição.