Coluna do dia

Mudanças no tabuleiro estadual

Temos acompanhado toda a movimentação política das últimas semanas. E foram efervescentes no estado. A verdade é que estamos caminhando já para o final da primeira metade do mandato do Presidente da República e dos governadores.

O ano de 2025, que se aproxima, é véspera da eleição nacional e da estadual. Em Santa Catarina se observa algo interessante. Temos o governador Jorginho Mello, do PL, buscando uma recomposição ou o fortalecimento dela.

Ele mira o MDB e o PP com vistas ao seu projeto de reeleição.  PSD busca, sabe-se lá exatamente como, o seu próprio caminho ou, quem sabe, lá à frente, o entendimento com o próprio Jorginho Mello. Mas o governador já encaminha o MDB e o PP, só que não se sabe se eles estarão ou não com o Jorginho Mello.

De cima

Claro que depende também do quadro nacional. Como os emedebistas e progressistas vão se comportar em relação às candidaturas? Em Santa Catarina tem, claro, a opção da esquerda. O PT muito provavelmente lançará seu candidato. Naturalmente.

Bloco na rua

João Rodrigues já se apresentou como pré-candidato antes mesmo de Jorginho Mello falar em recandidatura. Obviamente que o governador é candidato natural à reeleição. Décio Lima anda silencioso correndo o país como presidente do Sebrae Nacional.

Terceiro turno

É uma incógnita saber se o petista conseguirá, ou não, pela terceira vez, ser o candidato do PT ao governo catarinense. Ah, mas tem o aval de Lula da Silva. Mas Ideli Salvatti também tinha em 2006, quando José Fritsch, ex-ministro da Pesca, repetiu a candidatura de 2002.

Vermelhos

Ideli só veio em 2010. Décio Lima teve um resultado bisonho nas eleições municipais deste ano. Mas vamos agora sair um pouco do contexto partidário e vamos também para nomes, pegando carona nesse raciocínio de Décio Lima. 

Quilometragem

Esperidião Amin, o político mais longevo de Santa Catarina no exercício da atividade parlamentar, disputou a sua primeira eleição direta no voto popular em 1978 como deputado federal. Eleito, à época, com a maior votação proporcional do Estado. Foram 72 mil votos. Mas ele não exerceu praticamente o mandato.

Atuação

Acabou investido no cargo de secretário de Transportes do governo Jorge Bornhausen, o último governador a ser eleito indiretamente pela Assembleia, indicado que foi pelo regime militar.

Diretas

Na disputa pelo governo do estado em 1982, Esperidião Amin derrotou Jaison Barreto no voto popular. Vale lembrar, no entanto, que em 1976, durante o governo de Antônio Carlos Konder Reis, Esperidião foi indicado por ele para ser prefeito da Capital, merecendo a aprovação da Assembleia Legislativa.

Longevidade

Mas vamos falar agora da participação de Esperidião Amin nas eleições diretas. Estamos falando de 1978 a 2026, quando ele poderá concorrer novamente. São 48 anos. Por isso que colocamos que é o político mais longevo de Santa Catarina, além de ser o melhor senador entre os 81 da atual composição do Senado. Disparado. Sobre o aspecto da atuação, da intelectualidade e do preparo. Isso sem falar na sua honorabilidade.

Quase 80

Esperidião Amin é um nome que, nas eleições de 2026, estará prestes a completar 79 anos. Com vigor, está no auge de sua lucidez, mas enfrentará dificuldades eleitorais, na medida em que o eleitorado sofreu uma significativa renovação. Para compor a chapa de Jorginho Mello, ele precisará ser cacifado por Jair Bolsonaro. Se disputar sozinho, será difícil que se reeleja.

Quarteto

Temos em 2026 uma disputa ao governo que hoje gira em torno de quem? Jorginho Mello, João Rodrigues, alguém do PT e eventualmente alguém do Partido Novo.

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