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Na lona!

A cidade de Itajaí tem toda uma história política e econômica. No contexto político, vamos citar apenas um nome: Irineu Bornhausen, que veio a ser governador. Pouca gente sabe, mas ele também foi prefeito, eleito, da cidade portuária. Isso em 1939.
No comando do Executivo estadual, Bornhausen chegou em 1950. Turbinada pelo Porto, a cidade vinha demonstrando um vigor econômico invejável nos últimos anos.
Tem se revezado com Joinville na disputa pelo primeiro lugar em crescimento e melhor desempenho econômico no âmbito catarinense.
Ocorre que hoje Itajaí vive um momento delicado. Há oito meses o Porto está fechado, o que provoca um grande prejuízo não apenas para a cidade e para a região da Amfri.
Mas para Santa Catarina e para o Brasil.
O imbróglio atende pelo nome de autoridade portuária. Registre-se que este quadro crítico não é resultado do governo Lula da Silva. Nasceu no apagar das luzes da gestão Bolsonaro. Não houve uma definição antes do fim de 2022 e o terminal está acéfalo. Muito ruim para o país, para Santa Catarina e para Itajaí.

Declínio

A cidade já está sentindo os efeitos na carne. Segundo o censo do IBGE, o município encontra-se na quinta posição em número de habitantes no estado. Suplantando outras cidades importantes.

Contingente

Automaticamente, Itajaí deverá também assumir a quinta posição no número de eleitores. Ficando atrás apenas de Joinville, Florianópolis, Blumenau e São José. Nas três primeiras, as disputas eleitorais são em dois turnos.
São José está na iminência de alcançar os 200 mil eleitores ou mais. Seria a quarta cidade a ter tal status, que talvez venha a ser alcançado já para o pleito de 2024.

Vale tudo

Itajaí vive uma celeuma política e partidária de reflexos eleitorais como pano de fundo. Tudo deságua em 2024. Os vereadores, em sua esmagadora maioria, abriram o processo de impeachment contra o prefeito Volnei Morastoni por uma motivação pífia. Uma forçação de barra sem precedentes.

Preço

O prefeito perdeu a maioria no Legislativo, o que está lhe custando caro. A intenção dos vereadores é cassar o prefeito e o vice para que a Câmara eleja um novo alcaide indiretamente e para mandato-tampão até o final do ano que vem.

Degola

Os vereadores itajaienses querem decapitar Volnei Morastoni a qualquer custo. Ofensiva que seria um sintoma, um desdobramento da candidatura do filho do prefeito, Thiago Morastoni, que não se elegeu à Alesc em 2022.

Punhalada

Alguns vereadores não teriam ajudado o então candidato como devidamente articulado antes do pleito. Traições que desaguaram na demissão de diversos comissionados da prefeitura, todos nomes vinculados aos parlamentares. O Legislativo Municipal se insurgiu.

Vergonha

Agora chegamos ao ponto alto, mas triste, dessa história: a Câmara não aprovou uma solicitação da prefeitura no sentido assegurar recursos para a realização da tradicionalíssima Marejada.

Golpe

É um evento que está há décadas no calendário de Festas de outubro em SC. Tem mais de 30 anos de história.

Cara de paisagem

Os legisladores ingressaram no recesso sem se posicionarem em torno desse tema tão importante. Se não voltarem mediante uma autoconvocação deles próprios para deliberar a respeito, a cidade não terá a Marejada 2023. Seria mais um fato para enfraquecer e debilitar a economia itajaiense.

Alto lá

Realidade que mereceu dura reação das mais variadas entidades empresariais da cidade, a começar pela Associação Comercial e Industrial de Itajaí (ACII). Ao fim e ao cabo, picuinhas e interesses paroquiais estão acima das necessidades de Itajaí neste momento. Absolutamente reprovável a conduta da Câmara de Vereadores.

foto>PMI, arquivo, divulgação

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