Destaques

Na ribalta

Décio Lima será o novo presidente do Sebrae Nacional. Já falamos aqui em algumas oportunidades e vou repetir.

Depois dos ministérios, existem posições muito requisitadas e disputadas em Brasília.

Logo abaixo das titularidades na Esplanada vêm as presidências da Petrobras, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, do BNDES e do Sebrae.

O orçamento deste ano para a entidade é de R$ 7,5 bilhões de reais. Ali, atua-se diretamente com as micro e pequenas empresas do país todo, com postos de atendimento presenciais em quase metade dos municípios.

Não é uma posição qualquer. É um espaço que Lula da Silva reservou a um amigo dileto, a um compadre.

Além, claro, de correligionário. Ah, mas foi porque Décio Lima chegou ao segundo turno da eleição em Santa Catarina.

Variáveis

O resultado histórico do estado pode ter ajudado, mas não foi a principal motivação. É uma relação de proximidade, amizade e confiança entre o catarinense e o presidente.

Perfil

Lima é um político articulado, um advogado preparado e um cidadão atilado. Tanto é que o esforço foi grande do Palácio do Planalto para vencer as resistências à mudança.

Obstáculo

Na primeira reunião chamada para apear o atual presidente do poder o PT não conseguiria os 11 votos necessários para derrubar Carlos Melles. A reunião foi cancelada.

No circuito

Paulo Okamoto, também da confiança de Lula que presidiu o Sebrae por oito anos, não desistiu e seguiu articulando, conseguindo o número necessário de votos. Outro catarinense, José Zeferino Pedrozo, o Zezo, presidente da Faesc e que hoje pilota o Conselho Deliberativo do Sebrae nacional, deve convocar para destituir Melles e empossar Décio.

Troca

Só que o Planalto teve que recuar nas outras duas posições de diretoria por imposição do Centrão. O governo concordou em emplacar Décio Lima. O Centrão garantiu os votos que faltavam para derrubar Melles e manteve duas posições importantes.

Aguardando

Ocorre que esta solução encontrada não agrada à Frente de Esquerda em Santa Catarina. O PSB, o PSOL, o Solidariedade, a Rede, enfim, eles querem mais.

Vagas

Nenhum cargo federal foi preenchido em Santa Catarina até agora. Olhares especiais para a presidência da Eletrosul, desejada pelo ex-senador Dário Berger (PSB). Ele foi o terceiro colocado na corrida ao Senado no ano passado, não conseguindo a reeleição.

Vácuo?

Mas não é só ele. E quanto ao grande arquiteto da frente canhota no estado, Gelson Merisio, que nunca militou na esquerda?

Certo

Ele anda dizendo que não quer nada, mas claro que quer. E se nada ganhar, talvez possa até voltar para a trincheira de centro. Especula-se que ele poderia ir para o PP. O presidente do partido no estado, Silvio Dreveck, disse que não tem nada alinhado para um eventual embarque de Merisio na sigla.

Conversando

Em relação a Raimundo Colombo no PP, tudo bem, mas sobre Merisio não há nada avançando. Sem levar nada no governo, Merisio ficaria na esquerda só como articulador?

Azedume

Especulou-se uma vice-presidência da CEF para Merisio. A conferir. Dário Berger está indócil, assim como outras lideranças que apoiaram o PT em 2022.

O fato é que não avançam as nomeações federais no estado.

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