Com relação ao novo projeto do governo estadual que trata da alteração de alíquotas de ICMS de alguns produtos alimentícios e de bebidas e que já começou a tramitar na Assembleia Legislativa, o deputado Ivan Naatz , lìder da bancada do PL apresentou emenda modificativa no sentido de buscar um meio termo para a tributação que , desde o final do ano passado, vem causando polêmica no Estado, principalmente na área de de turismo e lazer envolvendo o setor de bares e restaurantes.
Naatz , que também é presidente da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Alesc , com a emenda modificativa ao projeto original justifica que pretende “conceder crédito presumido, em substituição aos créditos efetivos de ICMS, no fornecimento de bebidas quentes (destiladas), de forma a resultar carga tributária final equivalente a 10% sobre a receita tributária auferida , até 31 de dezembro de 2023. ” Atualmente , o tributo é de 25%.
No final do ano passado, para ajudar um dos setores mais afetados pela pandemia, o de bares e restaurantes , a Alesc aprovou um projeto de lei que diminuía o ICMS de bebidas e alimentos para bares e restaurantes, entre outros ítens também da área de alimentação. O governador do Estado, Carlos Moisés , entretanto, vetou este projeto final , e o veto , depois de mais de dois meses de discussão no parlamento, apesar de recomendação de rejeição na CCJ ( Comissão de Constituição e Justiça), acabou sendo mantido na semana passada pelo voto da maioria parlamentar.
Como parte do diálogo e negociações com o governo, o Executivo Estadual, porém, encaminhou o novo Projeto de Lei ( No – 0078.1/2022) que prevê a redução de 7% para 3,2% do ICMS sobre o fornecimento de alimentação em bares, restaurantes e estabelecimentos similares, exceto no fornecimento de bebidas, inclusive as não alcoólicas, que continua na faixa de 25% de tributação.
Com isso, Santa Catarina torna-se o estado com o ICMS do setor mais caro do Sul e Sudeste do país, já que tanto os estados do Paraná, São Paulo , Rio de Janeiro e Minas Gerais já reduziram para a faixa entre 3 e 3, 5%. “Os dados do setor e bares e restaurantes de nosso estado revelam que este foi o mais afetado pela pandemia com mais de 40 mil desempregados, centenas de empresas fechadas, e as que sobreviveram endividadas. Estamos fazendo a nossa parte , mas é preciso que o governo também tenha bom senso no sentido de contribuir com a recuperação e o fortalecimento do setor que vai ajudar a manter empregos e também a movimentação turística e econômica neste momento de retomada pós-pandemia “, justifica Ivan Naatz .