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Inaceitável o silêncio do governo estadual no episódio Akira Sato

Não está clara a saída do delegado Akira Sato do comando da Polícia Civil de Santa Catarina, cargo onde ele ficou por apenas duas semanas. Inacreditável e inaceitável o silêncio do governo desde sexta-feira. É extremamente comprometedor. Urge que se explique  porque o policial entregou o cargo de forma tão abrupta.

Houve pressão para abafar investigações contra corrupção na SC Par, conforme as especulações de bastidores dão conta?

Está faltando posicionamento claro do governo do Estado. Por outro lado, já tem oposicionista querendo pegar carona pra fazer palanque em 2022, a exemplo do que já ocorreu com a CPI dos Respiradores. Que não levou a lugar algum, exatamente como acontece com a CPI do Circo em Brasília. Os senadores fazem de tudo, menos investigar algo relacionado à pandemia. É só politicagem. Lá e aqui.

Agora vão querer criar outra CPI em SC? Vão trabalhar. Há órgãos competentes o suficiente para investigar o ocorrido, a começar pela própria Polícia Civil, que é honrada e não vai se permitir ser manobrada pelo governo do Estado.

Aliás, é justamente o contrário. Quem usa e abusa do expediente de CPI acaba levando o troco nas urnas!

Outro ingrediente neste quadro: o clima na Polícia Civil de Santa Catarina não é bom desde a Reforma da Previdência estadual. A categoria sentiu-se muito prejudicada. O ambiente ficou tão carregado que levou à queda do ex-chefe da Polícia Civil, Paulo Koerich, que não soube conduzir a contento o processo interno.

A suposta fraude

Em dezembro de 2019, a SCPar Porto de São Francisco do Sul contratou a empresa Iorsec (que mais tarde passou a se chamar Ceon Tecnologia & Inteligência Ltda) para desenvolvimento e implantação de software para acompanhamento de indicadores e avaliação de desempenho pelo valor de R$ 486.000,00, por inexigibilidade de licitação, ou seja, sem licitação, o que não se justifica.

E, o mais grave, o sistema era usado apenas parcialmente. Não era alimentado com dados por todos os setores. Algumas áreas nunca fizeram uso do sistema.

Inclusive, no dia 11/12/2020, a própria SCPar Porto de SFS informou que cancelou o contrato com a Ceon.

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