Nadando de braçada
O governador Jorginho Mello está a governar em céu de brigadeiro e mar de almirante. Cadê a oposição? Não existe.
Já falamos aqui de Gelson Merisio, que tenta retomar algum protagonismo sinalizando com algum acesso, sabe-se lá se o tem, ao governo Lula.
Merisio foi parceiro de Décio Lima, que chegou ao segundo turno em Santa Catarina, fez 30% dos votos e está até hoje aguardando algum aproveitamento na máquina federal.
Lula da Silva até reservou um espaço destacado a ele, a presidência do Sebrae, que, tirando os ministérios, é uma posição que aparece junto com BB, CEF, Correio, Eletrobras, Petrobras.
Só que não tem acordo.
Na primeira tentativa, o tiro não foi bem sucedido. Décio está a ver navios.
Passado
Raimundo Colombo, seria esse o nome da oposição? Duas vezes derrotado ao Senado? Quem mais? Mario Hildebrandt, prefeito de Blumenau; Clésio Salvaro, prefeito de Criciúma? A tendência é que venham a estar com Jorginho Mello.
Bom nome
Há Adriano Silva, que pode ser um candidato representativo ao governo, sobretudo se dobrar com Romeu Zema à presidência. Mesmo assim com chances remotas de sucesso em 2026 para o governo catarinense.
Fim de carreira
E na Assembleia? Algumas figuras tradicionais, que estão indo para seus respectivos últimos mandatos.
Mamando
Já estão na Alesc há anos e não têm apelo eleitoral. Têm articulação? Têm, mas não ao ponto de fazer sombra para o governador.
Estão nos estertores da vida pública. Existem investigações que deverão ser tornadas públicas e que vão fragilizar estas figuras.
Tarrafada
Prefeitos, além de Adriano Silva, que poderiam se sobressair? Alguns já foram e outros serão alcançados pela Operação Mensageiro. Outra parcela está se despedindo da vida pública.
Sozinho
Jorginho encontra-se numa situação absolutamente privilegiada. Não vai na conversa de alguns que imaginam que ele vá romper com a direita e com Bolsonaro, assim como fez, de forma incompetente, Moisés. Jorginho transformou a troça que faziam dele, de que era o Sozinho Mello, no hoje Atrativo Mello. Os metidos a piadistas é que estão sozinhos.
Adriano
O atual governador só tem um adversário, se for reeleito em 2026, que é o prefeito de Joinville. Mas daí a ter cacife para derrotar Jorginho, com a máquina nas mãos, não é qualquer empreitada.
Alto lá
O governador fechou as torneiras para algumas figuras conhecidas, carimbadas, manjadas, acostumadas a mamar nas tetas do poder público e que estão jejuando. O período é de vacas magras para essa turma, que acaba enfraquecida.
Inconsistência
Sujeitos instalados em esferas de poder, influentes em comissões, articulações, são agraciados, reverenciados no contexto político, mas que vão perdendo consistência dia após dia.
É o fim de um ciclo.
