Coluna do dia

Não ao lockdown

Quatro secretários de Estado enviaram resposta formal ao chefe do MPSC, Fernando Comin, em atenção ao ofício da promotoria que pede novo decreto de lockdown de 14 dias para Santa Catarina e responde aos outros itens de questionamento, como transparência na divulgação, de pacientes, etc.  Moisés da Silva não se manifestou, mas pelo tom do documento e pelos nomes que subscreveram o ofício, ele deu anuência para tal encaminhamento.

Subscrevem a nota técnica André Motta Ribeiro (Saúde), Alisson de Bom (Procuradoria-Geral), Eron Giordani (Casa Civil) e Jorge Tasca (Administração). O documento do MPSC, assinado ainda, por dirigentes de MPF e MPT e outras instituições, ficou restrito a órgãos da Promotoria Pública em suas diferentes esferas.

Nenhum outro poder ou entidade respalda novo fechamento generalizado no estado por duas semanas.

 

Intenções

É até compreensível a investida de Comin e seus colegas. Parece bem-intencionada, mas a sociedade rechaça a “saída” de matar a economia para, supostamente, salvar algumas vidas.

Autoridades e governos precisam ser mais criativos, e talvez mais ativos, na reestruturação da Saúde e na prevenção diante do agravamento do quadro.

 

Alvo

Lá pelas tantas, assinalaram os secretários de Estado. “A necessidade de redução no número de casos ativos, promovidos por meio do reforço nas medidas não farmacológicas de prevenção, como uso de máscaras, higienização das mãos, ambientes seguros e arejados e principalmente, reforço nas medidas de distanciamento social, evitando aglomerações que podem dispersar rapidamente o vírus na comunidade. Não por outro motivo, foi editado o Decreto nº 1.172, de 26 de fevereiro de 2021, suspendendo o funcionamento de diversos serviços e atividades entre as 23h00 de 26 de fevereiro às 06h00 de 1º de março de 2021, bem como no mesmo período entre os dias 5 a 8 de março. São 55 horas de restrições que acarretam a redução de circulação e aglomeração de pessoas.”

 

Impeachment II

O desembargador Ricardo Roesler, presidente do Tribunal Especial de Julgamento, marcou para 26 de março, uma sexta-feira, a sessão para análise e votação do relatório sobre a denúncia contra o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), no pedido de impeachment referente ao caso dos respiradores. O despacho com a definição da data foi publicado na edição desta sexta-feira (26) do Diário Oficial da Assembleia.

 

Tribunal misto

Na sessão, que deve ser realizada no Plenário Deputado Osni Régis, na Assembleia Legislativa, a partir das 9 horas, os dez membros do tribunal, composto por cinco deputados e cinco desembargadores, vão discutir e votar o parecer da relatora, a desembargadora Rosane Wolff. No parecer, a magistrada recomendará o acatamento ou o arquivamento da denúncia contra o governador.

 

Viagem envergonhada

Pegou muito mal a viagem, que não foi anunciada oficialmente, do prefeito Gean Loureiro a Cancun, no México, um paraíso caribenho caríssimo.

Pelo menos desde 18 de fevereiro, a Capital do Estado é administrada pelo vice, Topázio Neto, enquanto o titular viajou com a família para curtir férias. Tudo no mais absoluto sigilo. Por quê? Porque Gean, Topázio e outros envolvidos sabem que não é hora desse tipo de passeio.

 

Dois pesos

Tanto é verdade que a situação da pandemia chegou ao limite novamente, com decreto de lockdown nos fins de semana, e o prefeito tentando fazer de conta que estava atuando via Twitter e outras redes sociais. O catarinense comum é obrigado a ficar em casa. Já o prefeito da Capital se considera no direito de aproveitar a vida em hotel de luxo em paraíso internacional. Mais uma derrapada daquelas com a marca Gean Loureiro.

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