Manchete

Não haverá bolsonarismo fora dos Liberais e Republicanos em 2026

Ele que foi respaldado pelo prefeito Mário Hildebrandt e pelo governador Jorginho Mello na Capital do Vale do Itajaí. Eleição liquidada. E nós já temos o novo retrato, o novo panorama, o novo cenário político-partidário-eleitoral de Santa Catarina. Se fôssemos definir o grande vencedor, indiscutivelmente, ele atende pelo nome de governador Jorginho Mello. Afinal de contas, o PL que ele preside, elegeu 90 prefeitos. Mas não são apenas 90 nomes espalhados especialmente em pequenas cidades.

Os movimentos dos liberais deixam claro que não abrirão mão da cabeça de chapa à presidência da República em 2026.

De um lado, cresce adesão de bastidores para reduzir o prazo de inegibilidade de 8 para 2 anos, o que pode habilitar o próprio Bolsonaro à disputa ano que vem para a Presidência.

De outra perspectiva, ao se afastar da base do Governador Zema (NOVO), de Minas Gerais, o PL deixa claro que terá vôo próprio em 26.

Acaso não se tenha Bolsonaro na proa, sairá de suas mãos a indicação de alguém do partido para concorrer à presidência da República capitaneando as forças de direita.

O plano B deve ficar provavelmente no seio familiar de Bolsonaro, se ele não se viabilizar, Michele, sua esposa, ou um dos seus filhos, Eduardo ou Flávio, devem vir a concorrer.

Essa leitura de bastidores, cada vez mais clara, proporciona, ainda, dois desdobramentos possíveis: Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, pelo Republicanos candidato à reeleição, ou lançado por Bolsonaro à presidência da República.

Zema, Caiado, e outros nomes terão ar rarefeito, e provavelmente pouca adesão das direitas acaso se lancem à presidência em 26. Mas, também existe a possibilidade de ambos formarem uma dobradinha.

O reflexo em Santa Catarina é o fortalecimento da posição de Jorginho Mello, líder dos liberais aqui, e que já conta com os Republicanos como guarda-chuva empunhado pelo seu irmão e liderado pelo deputado federal Goetten, para auxiliar no projeto de reeleição.

A dúvida passa a ser se o PP, o MDB, o União Brasil e quiçá o PSD, estarão ou não alinhados ao projeto de reeleição de Jorginho Mello em 2026.

Em uma palavra, não existirá bolsonarismo, tampouco obviamente apoio de Bolsonaro, fora do raio de comando dos Liberais e dos Republicanos ano que vem.

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