Então quer dizer que a presidente Dilma Rousseff, que desde a chegada do PT ao poder comandou o setor elétrico com mão de ferro, não sabia da transferência de Márcio Zimmermann da Secretaria-Executiva da Pasta para a presidência da maior estatal do Sul, a Eletrosul? Nem a Velhinha de Taubaté acredita num negócio desses.
Evidentemente que essa falácia está mais para uma cortina de fumaça visando a blindar a chefe da nação. Como a operação foi feita de uma hora para outra, surpreendendo a todos, certamente o acerto foi feito na calada da noite entre a própria presidente e Márcio Zimmermann. E a conta, assumida pelo ministro Eduardo Braga, evitando maiores desgastes com as bancadas do PT e do PMDB catarinense, em especial junto ao senador Dário Berger.
Zimmermann é da confiança de Dilma
O peemedebista vem votando alinhadinho ao Planlato e seu irmão, Djalma, estava cotadíssimo para o comando da elétrica.
Na outra ponta, Dilma evita bater de frente e desautorizar o vice Michel Temer, que assumiu a articulação do governo com o Congresso e as negociações para preencher os cargos federais. Essa versão faz muito mais sentido, até porque a presidente conhece Zimmermann há 20 anos. Há mais de 10 anos, ele é colaborador direto dela, desde os tempos do Ministério das Minas e Energia (pilotado por ela), passando pela Casa Civil e agora na presidência. Durante toda essa trajetória da petista, o novo presidente da Eletrosul reportou-se diretamente à figura de Dilma Rousseff. Dizer que ela não sabia da operação que guindou um homem de sua confiança ao comando da maior estatal do Sul é história da carochinha.
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