Coluna do dia

Nitroglicerina pura

Quem imaginou que a Operação Lava Jato estava no apagar das luzes pode ir colocando as barbas de molho. Há quatro anos, ocorreu a prisão do doleiro Alberto Yousef, originando toda a investigação sobre a corrupção na Petrobrás, o chamado petrolão. Na semana passada, foram encarcerados nada mais nada menos do que 53 doleiros! Todos do eixo São Paulo-Minas Gerais-Distrito Federal.

A tendência é de que esteja se originando aí, em fase embrionário, a Lava Jato 2. É de bom alvitre que os políticos de todo o país fiquem em alerta. O calendário já mostra em fase adiantada o período pré-eleitoral e o distinto público pode ter novidades variadas nas próximas semanas. Inclusive a partir de duas delações, fechadas recentemente pela Polícia Federal, e que têm tudo para serem bombásticas.

A do ex-ministro Antônio Palocci, que atinge em cheio o PT; e a de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara, preso há mais de dois anos e que anda meio esquecido no noticiário.

 

Centena

Consta que Cunha ajudou a financiar as campanhas de cerca de uma centena de deputados federais em 2014, grupo que o ajudou a chegar ao comando da Casa. Alguns, inclusive, de Santa Catarina. Se Cunha tiver como provar o que se comenta nos bastidores, a agitação promete ser intensa!

 

MDB costura

Presidente estadual do MDB e pré-candidato ao governo, o deputado federal Mauro Mariani tem liderado conversas na construção de alianças para as eleições. Nesta semana, em Florianópolis, ele atendeu o presidente estadual do PRP,  Padre Cirio Vandresen, que já disputou eleições a prefeito em São José pelo PT, bem como os dirigentes do PTC/SC e PRTB/SC, Rodrigo Cesar Cassio e João Veiga Rechini, respectivamente.

 

Ampliando

Além dessas siglas, o MDB também já selou aliança com o PTB e tem conversas adiantadas com o deputado federal Jorginho Mello, que comanda o PR/SC e com o DEM, que é presidido no Estado pelo deputado federal João Paulo Kleinübing.

 

Conversando

Mariani ainda mantém conversas com o Podemos, PPS e com os tucanos. “Aos poucos vamos construindo um novo projeto para Santa Catarina, que é uma referência para o Brasil pela força e o trabalho do catarinense. Queremos trabalhar para potencializar ainda mais essas vocações e dar eficiência ao governo. Essas parcerias estão sendo construídas em cima de um programa e de ideias”, destacou Mariani.

 

História

O colunista teve a honra de conhecer, durante o fim de semana que passou, o mais velho entre os ex-prefeitos vivos de Lages. Wolny Della Rocca vai fazer 89 anos em 2018. Lúcido, lembra de boas histórias da política serrana e catarinense. Ele administrou a cidade entre 1961 e 1965, período que coincidiu com o governo de Celso Ramos, seu conterrâneo e correligionário, no Estado.

 

Mandato único

Por opção pessoal, fez apenas um mandato, tendo sucedido Osny Régis e Vidal Ramos Junior na prefeitura lageana. Engenheiro químico, Della Rocca estabeleceu-se em Florianópolis. Participou da formulação e da fundação da Casan entre o final do governo Ivo Silveira e o começo da gestão estadual de Colombo Machado Salles em Santa Catarina. Figura carismática, ele foi eleito pelos funcionários da companhia como seu representante no Conselho Deliberativo da Casan.

 

Prestígio

Ainda hoje, Wolny Della Rocca recebe homenagens e é lembrado com carinho pela gestão que desenvolveu no maior município do Planalto Serrano.

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