O atual coordenador das supremas togas foi duro com o chefe da nação. Reagiu, assegurando que o Supremo não será fechado, declaração combinada com a constatação de que o descumprimento de ordem judicial é crime de responsabilidade.
Fux, surpreendentemente, mostrou-se preocupado com os indicadores econômicos, como a inflação e o desemprego, além da crise hídrica e da pandemia.
O magistrado biônico esqueceu de mencionar, no entanto, que o Orçamento do STF é bilionário. Estes onde juízes indicados por presidentes de plantão recebem, às expensas da sociedade, auxílios-generosos para quase tudo.
Deuses
Têm até assessores para puxarem as estofadas e caríssimas cadeiras nas quais eles sentam durante as sessões. Tipo de privilégio comum a reis e a imperadores da antiguidade. Os faraós do Egito que o digam. Hipocrisia pouca é bobagem neste país.
Cara-de-pau
Já Rodrigo Pacheco não poderia ser mais mineiro. Fez um discurso chocho, inexpressivo. Ele fechou o Senado, literalmente, para não receber um pedido de impeachment contra o xerifão Alexandre de Moraes, peça que até os pombos da Praça XV sabiam que seria encaminhada a ele pelos ruralistas e caminheiros no pós 7 de Setembro. Que comportamento é esse?
Recados
Arthur Lira, a seu turno, deu um chega pra lá em Bolsonaro quando o assunto é o voto impresso. A questão, rememorou o deputado, já foi decidida pela Câmara. O parlamentar também pediu um basta nas distensões, jogo perigosíssimo que vem sendo puxado pelas supremas togas.
Alô, xerife
Lira também mandou um recadaço para o xerifão do Brasil. O deputado foi obrigado a lembrar aos nobres ministros do STF que punições aos eleitos quem define é a Câmara. Mais ou menos na linha de quem diz: e o deputado Daniel Silveira, preso até hoje por manifestações nas redes sociais por ordem sua?
E os bandidos?
O xerifão Moraes também tem se especializado em mandar prender jornalistas e presidentes de partidos. Enquanto isso, há bandidos e mais bandidos, de todos os calibres e cores ideológicas, livres, leves e soltos. Alguns inclusive fazendo campanha escancarada fora de época, o que é crime eleitoral. Ao fim e ao cabo, o discurso de Arthur Lira foi o mais apropriado.
Ilha da fantasia
Fora da bolha das autoridades em Brasília, a vida real mostra barreiras de protestos de caminhoneiros alcançando 15 dos 27 estados brasileiros.
Foco nacional
A maior adesão é em Santa Catarina. Não por acaso, Moisés da Silva chamou uma reunião de emergência para discutir o assunto. O fantasma do desabastecimento já assombra os catarinenses. A Justiça Federal também entrou no circuito, mandando liberar as BRs 116 e 101 em Santa Catarina. Os líderes dos caminheiros, no entanto, estão dando de ombros para os despachos judiciais.
Chama o IGP
No meio disso tudo, surgiu um áudio atribuído a Jair Bolsonaro, pedindo para os caminhoneiros liberarem os colegas que querem continuar transportando mercadorias.
Trovoadas
O catarinense Zé Trovão também se manifestou, questionando a veracidade do áudio. Pediu que Bolsonaro grave um vídeo com data e hora identificados, pedindo para eles deixarem a paralisação e só assim eles atenderiam.