Presidente estadual do PSD, o deputado Milton Hobus tem dito que o partido dispõe de quatro nomes com vistas ao pleito majoritário estadual de 2022. Exclui-se da lista, citando Raimundo Colombo, ex-governador de dois mandatos, e Napoleão Bernardes, ex-prefeito de Blumenau, também por dois mandatos.
Até aí, tudo bem. Hobus, no entanto, passa do ponto quando cita os nomes de João Rodrigues, prefeito de Chapecó, e de Adeliana Dal Pont, ex-prefeita de São José.
Não faz o menor sentido. Adeliana será candidata a deputada estadual em dobradinha com Marlene Fengler, que hoje tem assento na Alesc.
A parlamentar estadual, a seu turno, disputará a Câmara Federal depois de ter recebido o apoio da própria Adeliana em 2018.
Já João Rodrigues, depois de todas as dificuldades enfrentadas, se tiver um mínimo de juízo, não vai nem cogitar a renúncia à prefeitura da maior cidade do Oeste em abril, com pouco mais de um ano de mandato, para se lançar numa aventura majoritária estadual.
Convenhamos, o quadro pessedista é claro. Até porque, partido que tem quatro nomes para uma vaga não tem candidatura alguma. Essa que é a grande verdade. O partido tem um nome com possibilidades reais em 2022. É Napoleão Bernardes, que encarna renovação, tem competência e carisma.
Raimundo Colombo, por sua vez, já teve suas oportunidades, com sete anos como governador e quatro como senador. Se realmente deseja voltar aos mandatos, que dispute a Câmara Federal por exemplo.
Como segunda opção, o PSD teria o próprio Milton Hobus. Mas aí para uma composição e não para a cabeça de chapa.