Nos calcanhares de Dilma
Situação “extra” aos trâmites da Operação Lava Jato, o depoimento de um funcionário da Petrobrás, de nome Aghostilde Mônaco de Carvalho, ao Tribunal de Contas da União, causou estupefação geral.
Os detalhes que o servidor esmiuçou e que foram lidos pelo relator do caso na corte de Contas, Vital do Rêgo, comprometem a ex-mãe do PAC na escandalosa compra da refinaria americana de Pasadena pela Petrobrás.
Os prejuízos para o erário com o negócio, segundo o próprio TCU, chegam a US$ 800 milhões ou R$ 3 bilhões. A aprovação foi levada a cabo quando a criatura de Lula da Silva presidia o Conselho da Petrobrás. Embora tivesse todo o poder, claro que a hoje presidente nega o conhecimento de qualquer irregularidade.
Mas o caso a assombra. Tanto é verdade que quando o escândalo de Pasadena estourou, ela tratou de divulgar rapidamente uma nota, colocando toda a culpa pela roubalheira em Nestor Cerveró, mais uma das figuras desprezíveis que veio à tona a partir da petrogatunagem descoberta pela Operação Lava Jato e o modus operandi do PT governar. Uma vergonha para o País.
Trio
Esta semana, a Assembleia promoverá sessão solene para homenagear 40 personalidades de Santa Catarina. Cada deputado escolheu uma. Entre os homenageados, destaque para o secretário Antonio Gavazzoni (Fazenda), superintendente Guilherme Zigelli (Sebrae) e o empresário Alexandre Fernandes, que já atuou em diversos cargos da administração estadual, inclusive algumas secretarias nos governos LHS e Raimundo Colombo.
Instinto de sobrevivência
A partir de agora PSD, PSB e PR estão juntos em Santa Catarina. O anúncio da aliança partidária foi feito pelos deputados Gelson Merisio (PSD), Paulo Bornhausen (PSB) e Jorginho Mello (PR), durante coletiva de imprensa na Assembleia. Com esta união, as siglas pretendem estar juntas em 90% dos municípios catarinenses. Com tantas mudanças a dificultar as doações oficiais de campanha e reduzindo o tempo de rádio e TV, os partidos resolveram se unir para não sumir.
Ferindo a Constituição
O Ministério Público Federal, em ação avalizada pelo Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, está pedindo a cassação de licenças de emissoras de rádio e TV que tenham parlamentares como sócios. Quarenta deles estão na mira.
De Santa Catarina, engrossam a lista Jorginho Mello (PR), que figura no Ministério das Comunicações, como sócio da Rádio Santa Catarina, de Joaçaba; e João Rodrigues, que seria o dono da Rádio Nonoai, do Rio Grande o Sul, mas que tem alcance em boa parte do Oeste de SC, sua base eleitoral.
Segundo o MPF, essa prática fere o Artigo 54 da Constituição e configura “conflito de interesses.” Certamente.
Tudo certo
A lista dos 40 donos de meios de comunicação veio à tona em matéria da Folha de S. Paulo. Ao jornal, João Rodrigues declarou que considera normal a participação societária desde que não exerça função administrativa na emissora. E foi além, como bem assinalou o jornal: “Presidente da Frente Parlamentar da Radiodifusão, Rodrigues afirmou que, se necessário, deixará a Câmara para manter o controle de sua rádio em Nonoai (RS). ‘Sou rádiodifusor antes de ser deputado. Não vou colocar minha vida profissional e aquilo me sustenta fora por um mandato’”. A conferir!