Nova lei do queijo artesanal serrano tem efeito prático
Em vigor desde setembro, a lei que regulamenta a produção e a venda do queijo artesanal serrano começa a produzir efeitos práticos. A Epagri promoveu, em São Joaquim, um concurso com 28 queijeiros, que até agosto deste ano só podiam produzir queijo para consumo próprio.
O autor da lei, o deputado Gabriel Ribeiro (PSD), fez um histórico da produção do queijo a partir do leite de cabra, na Serra da Estrela, em Portugal. A mesma técnica, de fazer o queijo a partir do leite cru, foi trazida no século 18 pelos imigrantes, que passaram a usar o leite do gado franqueiro, comum da Serra Catarinenses naquela época.
Com a lei, o comércio do queijo passou a ser permitido, desde que as queijarias estejam adaptadas às regras sanitárias previstas. A região serrana passa por um processo de adaptação, e o parlamentar falou aos participantes sobre a renda que será agregada às propriedades rurais. Um estudo da Epagri indica que o acréscimo médio na renda familiar é de R$ 10,7 mil/ano com a produção de queijo. Esta pesquisa foi elaborada antes da lei, quando o queijo era vendido clandestinamente.
No concurso de São Joaquim, o júri técnico premiou os três melhores queijos do município e outros três da região. Ainda teve o júri popular, no qual quase 300 pessoas, pelo voto direto, elegeram um queijo. Todos receberam prêmios em dinheiro (de R$ 100 a R$ 700) e troféus entalhados em nó de pinho.