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Novo inova nos métodos e faz projeções para 2030

Candidato a vice-presidente pelo partido Novo, na chapa liderada pelo empresário João Amoêdo, o professor Christian Lohbauer esteve em Florianópolis na segunda–feira, 20.

Fez palestra para cerca de 150 pessoas no Hotel Majestic. Alguns pontos chamam atenção sobre a doutrina e os métodos do partido. A estratégia dos Novos é clara. Enquanto o cabeça-de-chapa, Amoêdo, vai para um lado, o vice, Lohbauer, vai para outro. Os dois costumam falar para públicos bem ecléticos, reunindo pequenos e médios empresários, profissionais liberais, enfim, não há um segmento específico de atuação. Eles conversam em várias frentes.

Christian Lohbauer é candidato a vice-presidente pelo Novo – foto>divulgação

Na Capital de Santa Catarina, não foi diferente. O público não foi segmentado ou partidário. O Novo não está se estruturando da forma tradicional, mediante a formação de comissões executivas provisórias nos municípios e nos Estados. Núcleos envolvendo os interessados são formados nas cidades. Uma curiosidade: o Novo tem a maior estrutura em São Paulo. A segunda, é em Santa Catarina, justamente pelo perfil do Estado: por aqui, temos pequenas e médias empresas, pequenos e médios municípios e pequenas e médias propriedades, especialmente rurais. Na sequência, as maiores estruturas do Partido Novo ficam no Paraná, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e Mato Grosso. Eles não têm muita penetração no Norte e Nordeste do país, aonde o voto de cabresto ainda impera em muitos grotões.

Em linhas gerais, os núcleos do Novo são formados por pagadores de impostos, gente de perfil empreendedor e que cansou de não ver resultados. Esse pessoal está contribuindo espontaneamente com a campanha, visando a estabelecer, de fato, o contraponto ao sistema. A mudança, salientam os Novos, não virá pelas mãos de Jairo Bolsonaro, a quem eles consideram uma espécie de Lula às avessas. Sem preparo  e sem equipe para governar,  Bolsonaro pode ser uma repetição do lulo-petismo e um atraso para as futuras gerações.

A pregação dos Novos é muito bem aceita em Santa Catarina. Por aqui, o partido lançou 16 candidatos a deputado federal, exatamente o número de cadeiras da representação catarinense na Câmara dos Deputados. No Brasil, são seis candidatos a governador, cinco candidatos ao Senado e 450 concorrentes à Câmara Federal e às Assembleias Legislativas estaduais.

TRINTA

Os líderes do Novo, como o professor Christian Lohbauer, candidato a vice-presidente com João Amoêdo, projetam que o partido até pode surpreender nestas eleições. Mas a meta deles é chegar ao poder até 2030, fazendo um paralelo com o PT. O Novo foi fundado em 2011. O PT, em 1980. O partido de Lula da Silva só chegou ao poder em 2002, 22 anos depois de sua fundação. O tempo que os petistas levaram para chegar ao comando do Brasil pode ser semelhante às projeções do Novo. Mas os métodos, até aqui, são bem distintos. Amoêdo é o candidato mais rico entre os presidenciáveis de 2018. Tem patrimônio de R$ 425 milhões, conquistado na iniciativa privada. O Partido Novo não tem deputado, não vai usar fundo partidário, não participa de debates. O candidato tem condições de bancar sua campanha. Mesmo assim, o Novo é o segundo que mais arrecadou até aqui na chamada vaquinha virtual, por meio da qual apoiadores podem contribuir com os candidatos. Até a semana passada, os Novos haviam arrecadado cerca de R$ 350 mil, ficando atrás apenas do PT, que passou de R$ 600 mil em doações.

O Partido Novo também defende reformas estruturais, como a tributária, e o fim do fisiologismo que tomou conta do país. De passo em passo, Amoêdo, Lohbauer e os Novos vão se alastrando. O candidato a presidente já esteve em Santa Catarina. Falou para um grande público em evento da Fecam. Nesta semana, veio o vice. Os dois retornarão ao Estado alternadamente e seguirão com sua pregação, de olho em 2018 mas também em 2030. O 30, aliás, é o número do Novo.

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