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Novo mercado financeiro exige arsenal tecnológico para sobrevivência

Por Marco Aurélio Almada – Presidente do Centro Cooperativo Sicoob

Estamos atravessando um dos momentos mais delicados da economia global com a crise do coronavírus. Mas ao olhar para trás, podemos dizer que o “fundo do poço” está cada vez mais longe. E o cooperativismo financeiro tem uma relação intrínseca com a retomada econômica e social do país.

Façamos um exercício: se você pudesse retornar no tempo e contar, há 10 anos, que a utilização de smartphones para transações bancárias faria parte de seu cotidiano e que, durante uma pandemia, as transferências de valores seriam instantâneas, realizadas em menos de 10 segundos… qual seria a reação do público?

Provavelmente você seria chamado de maluco. Afinal, os celulares mal tinham um sistema para entrar em sites e a conexão demorava uma eternidade para trazer informações. No final da conversa, sua história iria circular por SMS: “o maluco que tinha informações utópicas do futuro”.

A nossa realidade foi transformada. Quem não se adaptou, ficou para trás. É por isso que o Sicoob sempre se interessou por conversar sobre ideias embrionárias que poderiam se tornar inovações no futuro. Seja Pix, Open Banking ou Open Finance. Em todos esses movimentos – e muitos outros – sentamos à mesa quando as discussões se iniciaram. Mesmo com a chegada da pandemia, somos pioneiros em oferecer aos nossos cooperados as novidades do mundo financeiro assim que elas saem do forno.

Quando se iniciou o período de pandemia, pensamos em como facilitar a travessia e fomos um “farol” no meio da tempestade para os cooperados. Desenvolvemos um sistema para liberação de senhas, tokens e aplicativos via reconhecimento facial. Se antes ele tinha que visitar uma agência, com duas semanas de pandemia isso já não era mais necessário. Estavam livres, por exemplo, para fazer renegociação de dívidas ou contratar crédito diretamente pelo App Sicoob.

Outra novidade que surgiu na pandemia, mas que já tinha uma sementinha plantada há algum tempo, foi a possibilidade de realizar assembleias via Sicoob Moob. Desta forma, oferecemos um serviço totalmente seguro para que os cooperados continuassem participando das decisões de suas cooperativas.

Isso sem citar o processo de filiação digital. Em 2018, 478 pessoas entraram no Sicoob desta forma. Até agosto de 2020, foram 10,6 mil no ano, um crescimento de 2.117%. Ainda há muito a caminhar, mas estamos no caminho certo.

Com tantas inovações, notamos um crescimento exponencial no uso dos serviços digitais no Sicoob. Em janeiro de 2020, eram R$ 2,2 milhões em depósitos por boleto. Em setembro do mesmo ano, esse valor cresceu para R$ 38,7 milhões. Em 2020, as transações financeiras digitais de nossos cooperados chegaram a 52,9%, ante a 16,6% em 2016.

Há de se ressaltar ainda o investimento em inclusão digital. Afinal, não basta oferecer um serviço sem auxiliar os que ainda não estão acostumados com o uso da tecnologia. A Alice, atendente virtual do Sicoob, nasceu para isso. E ela já registrou mais de 1 milhão de interações via WhatsApp e App Sicoob, facilitando o uso de nossas ferramentas digitais ao utilizar inteligência artificial a favor dos cooperados.

Também contamos com o apoio da Helen, assistente virtual para pessoas com necessidades especiais. Ela transforma textos em Libras ou voz no site oficial do Sicoob. Inclusão, democracia financeira e uma jornada digital cada vez mais simples e rápida são os nossos motes.

E agora? O que vemos pela frente? Com a chegada do Open Banking, nossas equipes têm trabalhado para oferecer aos cooperados uma ótima experiência e mostrar ao mercado que a porta de entrada para o acesso a uma relação mais leve e justa com o dinheiro é o cooperativismo financeiro. Muitas novidades devem surgir a partir deste ano e temos a certeza de que o Sicoob está preparado para seguir essa jornada, contribuindo para que as cooperativas continuem gerando impacto social positivo para os cooperados e suas comunidades.

Fonte: Portal Cooperativismo em Revista.

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