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Núcleo carcomido!

Ao peitar o ministro Eliseu Padilha (E), José Yunes, ex-assessor especial de Michel Temer, deixou claro que em determinado momento estava virando mula do peemedebista e resolveu bater em retirada. Quando recebeu o famoso envelope enviado por Padilha, Yunes tomou o cuidado de não abrir, pois não sabia o que continha. Desconfiou que era dinheiro de propina. A historieta coloca mais um integrante no ex-núcleo duro do presidente, agora na berlinda, o que, aliás, já eram favas contadas, conforme o próprio blog abordou em diversas oportunidades.

Na gestação do governo Temer, ainda em pleno processo de impeachment da ex-mãe do PAC, um sexteto era inseparável: dois já caíram. Henrique Eduardo Alves, que nem esquentou a cadeira de ministro do Turismo (tragado, claro, por denúncias de roubalheira do dinheiro público); e Geddel Vieira Lima, que também foi degolado em 2016. Estava escancaradamente defendendo interesses familiares no cargo de secretário de Governo da Presidência. Outros dois estão no olho do furacão. Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, e o também amigão de Temer, Moreira Franco. O sexteto, vejam só, também era composto por Eduardo Cunha, preso em Curitiba desde o ano passado e, claro, o presidente da República. Neste ritmo, o já carcomido núcleo duro será dissolvido pelas revelações da Lava Jato.

Blindagem

Tudo indica que será envidado grande esforço no Planalto e nas instituições para blindar Michel Temer. Até porque, se o presidente for para a degola, o país entrará novamente em parafuso, principalmente do ponto de vista econômico, onde os avanços são tangíveis e inegáveis.

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