Secretário Paulo Eli, homem que tem a chave do cofre em Santa Catarina, veio a público apresentar alguns números em relação ao estado já com os efeitos da pandemia.
De acordo com o titular da Fazenda, em abril a arrecadação de impostos despencou 19,3% na comparação com o mês de março, quando começou, efetivamente, a quarentena. Já no comparativo com abril de 2019, a queda foi de 18,7%, percentuais muito semelhantes.
Significa que uma fortuna de R$ 672 milhões deixou de entrar na contabilidade do governo estadual.
Mas há um outro dado apresentado por Paulo Eli que chama ainda mais a atenção. O secretário projeta que Santa Catarina sairá 25% menor economicamente da pandemia. Ou seja, um quarto da riqueza estadual está derretendo ante o Coronavírus. Os impactos todos já estão sentindo, em maior ou menor grau, mas são inevitáveis as sequelas deixadas por esta praga de origem chinesa.
Falta de ar
Segundo informações do governo, devem chegar neste sábado ao estado 50 dos 200 respiradores comprados, e superfaturados, junto à tal Veigamed do Rio de Janeiro.
Ainda não se sabe se os equipamentos virão mesmo e se vierem, quais serão. Os comprados servem para UTIs e quartos de hospital, mas há modelos meia-boca, que só atendem ambulâncias, por exemplo. A conferir!
Prisões à vista
Consta, nos bastidores, que a equipe do Gaeco que investiga este escândalo dos respiradores já teria solicitado mandados de prisão junto ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina.
Dois pesos
Mais uma categoria funcional que está na bronca com Moisés da Silva. Os oficias militares do Estado. A turma não gostou nada do tratamento dispensado ao colega Helton Zeferino, ex-secretário de Estado da Saúde. Tem-se a nítida impressão de que o governador o lançou aos leões enquanto preserva, com muito mais parcimônia, figuras civis que estariam envolvidas até a medula em malfeitos durante a pandemia e a farra das dispensas de licitações.
Bola da vez?
Técnicos do ministério da Saúde, já sob o comando de Nelson Teich, apontaram Santa Catarina como o estado “bola da vez” para entrar em caos por causa da Covid19. Mesma opinião tem o ex-titular da pasta, Luiz Henrique Mandetta. Por ora, os números ainda não são alarmantes, dá pra dizer que são até tranquilos se comparados com outras unidades da federação. Mas se vier o pico e o tal caos chegar, o negócio é manter a calma e seguir as regras e normas de higiene antes de mais nada.
Pra inglês ver
O presidente da Federação das Associações de Micro e Pequenas Empresas e do Empreendedor Individual de SC (Fampesc), Alcides Andrade, reforçou a representantes empresariais e políticos do Estado que “o crédito aos pequenos negócios não está chegando, situação que agrava a cada dia a sobrevivência do segmento e, em consequência, o desemprego. Diante da grave crise, seria mais fácil neste momento o governo bancar o dinheiro, do que emprestar”.