Como já acontece em Santa Catarina com Moisés da Silva, no plano nacional agora chegou a vez de Jair Bolsonaro experimentar a contrariedade da militância virtual de direita.
A revolta eclodiu após a escolha do novo Procurador-Geral da República, Augusto Aras. Houve reações externas. E internas. Aras não figurou na lista tríplice do Ministério Público apresentada ao presidente. Ou seja, Jair Bolsonaro ignorou olimpicamente a eleição dentro da instituição.
Já estão previstas manifestações de procuradores e promotores para esta segunda-feira. 9.
Com a popularidade em baixa e sentindo a própria tropa virtual a lhe bafejar a nuca, Bolsonaro quebrou todos os protocolos no dia 7 de setembro. Desceu do palanque oficial, transformando o asfalto em um palanque pessoal ao acenar para populares, posar para fotos e permitir que uma criança acompanhasse a comitiva oficial da solenidade.
Popularidade perdida
Com 25 pontos de popularidade a mais que o chefe, segundo o Datafolha, o ministro Sérgio Moro também estrelou o momento. Foi afagado pelo presidente, que o manteve ao seu lado em boa parte dos atos cívicos. Enquanto a economia não reage com mais força, o presidente parece ter gastado a maior parte, ou quase que a totalidade, de seu capital político. O 7 de setembro pode marcar uma guinada na tentativa de buscar a popularidade perdida até aqui.
DE SC
Empresário Luciano Hang, trajado com seu já tradicional terno verde e amarelo, também esteve ao lado de Jair Bolsonaro e autoridades durante o 7 de setembro em Brasília.
Contraponto
Em guerra declarada com a Rede Globo, o presidente da República também teve as companhias dos empresários Silvio Santos e Edir Macedo no sábado.
foto> Marcos Corrêa, PR, divulgação