Coluna do dia

O baralho de 18

As eleições municipais ainda não terminaram, mas as costuras com vistas ao pleito estadual de 2018 já agitam os bastidores da política catarinense. Dos quatro maiores partidos, o PT minguou. Já PMDB, PSD, PP e PSDB saíram das urnas falando em candidatura própria ao governo do Estado. É natural e faz parte do jogo. Principalmente depois do bom desempenho das siglas nas urnas municipais.

Mas é evidente que coligações não podem ser descartadas. Presidente da Assembleia e licenciado do PSD, deputado Gelson Merísio, não se limita a assistir de camarote o namoro entre PMDB e PSDB, e que pode culminar em casamento daqui a dois anos.

O líder pessedista já entrou no circuito e deflagrou articulações para atrair os tucanos a uma nova tríplice aliança, com PSD, PP e PSB, excluindo o PMDB. Os peemedebistas têm afirmado que abriram mão da cabeça de chapa nos dois últimos pleitos e que não existe a menor possibilidade de cederem novamente em 2018. Como PT está anêmico, a tacada de Merísio visa também a isolar o Manda Brasa.

 

Nominata

Gelson Merísio já trabalha inclusive com nomes. Ele na cabeça, com Raimundo Colombo e Marcos Vieira (que controla o PSDB) ao Senado, e um representante do PP de vice. Os nomes idealizados são os do deputado Silvio Dreveck e do prefeito de Itajaí, Jandir Bellini. Resta saber como Esperidião Amin, por exemplo, e o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes, reagirão caso estas conversas evoluam. É aquela história. Precisa combinar com os russos.

 

Distinção

Ex-presidente da OAB-SC, Tullo Cavallazzi Filho foi nomeado para o Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), comandado pelo renomado jurista Técio Lins e Silva. Irá compor a comissão de Direito Administrativo do Instituto.

 

Paralelo

A coluna blog ouviu do deputado João Amin comentário na seguinte linha: Em Florianópolis 2016 vai ocorrer o que houve em Blumenau em 2012, quando Jean Kuhlmann fez menos votos no segundo turno do que havia conquistado no primeiro na Capital do Vale do Itajaí. Jean acabou derrotado por 70% a 30% e Napoleão assumiu a prefeitura. Para o jovem Amin, só muda a grafia do nome e a cidade neste 2016. O Jean de Blumenau é com J e o de Florianópolis com G. É Gean Loureiro o adversário do clã Amin. Ou seja, o deputado João Amin aposta na virada da mãe neste segundo round eleitoral.

 

Na berlinda

O Ministério Público Eleitoral de SC, que funciona junto ao TRE, recorreu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pedindo a impugnação da candidatura de Clésio Salvaro em Criciúma. O órgão já havia se manifestado neste sentido, mas os magistrados de segundo grau confirmaram a candidatura do tucano sulista. Márcio Búrigo, que entrou com a ação na primeira instância e também com o recurso junto ao tribunal, optou por não levar o caso a Brasília. Mas o MPE não se convenceu e aguarda a manifestação do TSE.

 

Terceiro mandato?

Nos bastidores, há um convencimento de que o tribunal superior poderá impugnar a eleição de Salvaro. E não pela questão da Ficha Limpa, mas sim pelo fato dele ter assumido a prefeitura por 42 dias em 2015, o que configuraria um terceiro mandato consecutivo, o que é expressamente vedado pela legislação.

 

Pleito suplemntar

Se isso realmente ocorrer, uma eleição suplementar será chamada (seria mais uma em Criciúma). Neste contexto, Clésio teria tudo para apoiar o primo, o deputado estadual Cleiton Salvaro, que desistiu da disputa para favorecer o projeto do familiar mais famoso.

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