Vice-presidente da República, general da reserva Hamilton Mourão, delineou, durante sua palestra em Florianópolis, os pilares centrais do que o governo estabeleceu como prioridades para “recolocar o Brasil nos trilhos.” Segundo ele, o compromisso primordial da gestão Jair Bolsonaro é o reestabelecimento da confiança no país e nas instituições, combinado com a retomada do crescimento e investimentos na segurança pública.
Mourão, pontual, não poupou a era PT. Citou uma frase de Machado de Assis para resumir os (des) governos Lula da Silva e Dilma Rousseff.
“Quando alguém tem a vocação da riqueza, mas sem a vocação do trabalho, a resultante desses impulsos é uma só: DÍVIDAS.”
O vice-presidente traduziu a máxima machadiana para os dias atuais, afirmando que os canhotos estabeleceram um “arranjo baseado na expansão do consumo e no aumento do gasto público, apelando ao Mercado para se financiar. Resultou ‘machadianamente’ em um AUMENTO DAS DÍVIDAS.”
Abismo
Hamilton Mourão mostrou um quadro contendo os resultados da contabilidade pública de 2012 a 2018. De 2014 em diante, o desastre. Contas no vermelho total. O fundo do poço foi alcançado em 2017, quando o rombo atingiu R$ 159 bilhões. Isso mostra o gigantismo do desafio que o atual governo tem pela frente.
Fórmula do desastre
O general Mourão – demonstrando muito conhecimento, assertividade e propostas claras – criou um novo lema para rebatizar o período de Lula da Silva e Dilma Rousseff na presidência da República: “Gasto é vida.” Os petistas conseguiram a proeza de destruir o país com uma “nova matriz econômica”, baseada no endividamento, câmbio valorizado, desonerações, redução de juros, subsídios (explícitos e implícitos), além do atraso nos pagamentos (a chamada contabilidade criativa) e o uso irresponsável e politiqueiro de BNDES, Caixa Econômica e Banco do Brasil.