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O brete emedebista

Cresce, entre as lideranças do MDB, a articulação interna para se encontrar uma alternativa às prévias partidárias. A definição emedebista ocorreria em 15 de agosto. Foi, no entanto, suspensa pela Executiva Estadual da legenda, instância partidária que é dominada pelo senador Dário Berger, muito embora a presidência do partido esteja com o deputado federal Celso Maldaner.

Este, a seu turno, tem o controle do Diretório Estadual, colegiado que deve ser chamado em agosto para se manifestar sobre o assunto e, possível, marcar a consulta para 15 de novembro. Até lá, a matéria vai dominar a pauta do MDB catarinense.

As prévias abrangem todos os 187 mil filiados do partido, o maior do Estado em tamanho, em estrutura e também em número de filiados.

Ocorre que o segmento partidário mais influente hoje nas hostes emedebistas é a bancada estadual, composta por nove dos 40 deputados estaduais. O MDB conta com quase 100 prefeitos, mas a esmagadora maioria em municípios menores. Entre os 20 grandes, a sigla administra apenas três cidades: Itajaí (Volnei Morastoni), Jaraguá do Sul (Antídio Lunelli) e Brusque (Ari Vequi).

Pesos

O grande número de vereadores emedebistas tem seu peso, naturalmente, mas a força hoje nos encaminhamentos estaduais concentra-se na bancada da Alesc.

Os deputados têm se sintonizado com alguns prefeitos na direção de se buscar uma saída consensuada, teses advogadas, por exemplo, pelo presidente da Assembleia, Mauro de Nadal, e pelo prefeito brusquense Ari Vequi.

Risco

Se, por um lado, as prévias podem oxigenar, movimentar o MDB depois da dolorosa derrota de 2018, por outro a disputa interna pode deixar sequelas irreparáveis, com defecções e rachas, o que enfraqueceria o partido com vistas ao pleito de 2022.

Unidade

Sob este diapasão, de unidade interna, é que ganha força a tese de um amplo acordo, com os três postulantes (Antídio Lunelli, Celso Maldaner e Dário Berger) compondo uma chapa pura.

Antídio é o nome idealizado para a cabeça, com Celso de vice e Dário concorrendo à reeleição.

Inarredável

O maior entrave para se chegar a esta solução é o próprio Dário Berger, que atua nos bastidores para ser candidato a governador.

Perfil

É evidente, contudo, que ele seria o candidato natural à reeleição. Antídio tem hoje o melhor perfil para encabeça a chapa. Empresário vencedor, hoje tem mais de 5 mil funcionários, mas até os 17 anos carregava uma enxada nas costas.

Também já foi testado e aprovado nas urnas, conquistando a primeira reeleição de um prefeito em sua cidade.

Tradição emedebista

Nunca é demais lembrar, também, que, nas três oportunidades em que chegou ao governo, o MDB disputou com chapa pura. Foi assim em 1986, em 1994 e em 2002. Luiz Henrique da Silveira venceu novamente em 2006, mas aí já com o tucano Leonel Pavan de vice, dentro da construção liderada por ele e que governaria o estado por 16 anos.

 

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