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O cenário pós-eleições

Ele que foi respaldado pelo prefeito Mário Hildebrandt e pelo governador Jorginho Mello na Capital do Vale do Itajaí. Eleição liquidada. E nós já temos o novo retrato, o novo panorama, o novo cenário político-partidário-eleitoral de Santa Catarina. Se fôssemos definir o grande vencedor, indiscutivelmente, ele atende pelo nome de governador Jorginho Mello. Afinal de contas, o PL que ele preside, elegeu 90 prefeitos. Mas não são apenas 90 nomes espalhados especialmente em pequenas cidades.

Para Santa Catarina, ponto final nas eleições municipais de 2024. 295 prefeitos eleitos no domingo, 6 de outubro, além, evidentemente, de milhares de vereadores. Não teremos segundo turno em nenhuma das três cidades com mais de 200 mil eleitores.

Pela ordem, elas são Joinville, Florianópolis e Blumenau. Justamente pela reeleição robusta, consolidada e insofismável de Adriano Silva, com quase 80% dos votos válidos em Joinville, de Topázio Silveira Neto, com quase 60% em Florianópolis; e, em Blumenau, onde a vitória foi do deputado Egídio Ferrari, que passou dos 51% dos votos válidos.

Ele que foi respaldado pelo prefeito Mário Hildebrandt e pelo governador Jorginho Mello na Capital do Vale do Itajaí. Eleição liquidada. E nós já temos o novo retrato, o novo panorama, o novo cenário político-partidário-eleitoral de Santa Catarina.

Se fôssemos definir o grande vencedor, indiscutivelmente, ele atende pelo nome de governador Jorginho Mello. Afinal de contas, o PL que ele preside, elegeu 90 prefeitos. Mas não são apenas 90 nomes espalhados especialmente em pequenas cidades.

Espraiando

O PL conquistou prefeituras em todas as frentes. Seja em cidades de grande porte, de médio porte ou de pequeno porte, transformando-se no maior partido catarinense. Resultado obtido muito mais pela influência, pelo trabalho e pela capacidade de articulação do governador do que propriamente pela transferência de votos de Jair Bolsonaro.

Fator local

Vale registrar. Nunca se falou em onda nas eleições municipais, mas que o ex-presidente poderia ajudar aqui ou ali. Como ele não influenciou em 2020, quando estava no exercício da Presidência da República, e aqui não esteve. É claro que o nome dele ajudou o 22, o PL, nas urnas. A grande verdade é que, o impulso maior foi a partir do trabalho de Jorginho Mello.

Cenário

Observemos o quadro nos treze maiores municípios. O PL fez Palhoça com a reeleição de Eduardo Freccia; fez Tubarão com a eleição do deputado estadual Estêner Soratto; fez, também, três municípios no Vale. Em Itajaí, venceu com Robison Coelho. André Vecchi foi reconduzido em Brusque e, ainda, o próprio Egídio Ferrari em Blumenau.

5 + 2

São cinco municípios, mas não ficam nesses cinco porque outros dois candidatos que ganharam a eleição estão na contabilidade de Jorginho Mello. Topázio Silveira Neto ainda segue filiado ao PSD por força de lei.

Filigranas

Agora resta saber se ele vai para o PL, Republicanos ou Podemos, sigla que muito em breve será controlada pelo governador como já acontece com o Republicanos. Mas a questão partidária agora é de menor importância.

Serrana

O mesmo vale para Carmen Zanotto, do Cidadania, eleita prefeita de Lages. Ela entra na cota dos eleitos aliados ao governador.

Contabilidade

Então estamos falando em sete dos 13 maiores municípios. E os outros seis? O MDB permanece em Jaraguá do Sul com a reeleição de Jair Franzner. O Novo segue na proa em Joinville a partir da recondução de Adriano Silva. Já contabilizamos nove municípios.

Quarteto

Os outros quatro estão com o PSD.  Balneário Camboriú com Juliana Pavan, prefeitura importante que o PL franqueou gratuitamente ao seu rival ao rifar a candidatura natural e favorita do deputado Carlos Humberto.

Tripé

Além de Balneário Camboriú, o PSD assistiu à reeleição de João Rodrigues em Chapeco e à de Orvino de Ávila em São José. Para finalizar o quarteto pessedista, Clésio Salvaro mostrou toda sua força fazendo o sucessor em Criciúma, Vaguinho Espíndola. O prefeito demonstrou todo o seu poderio político-eleitoral e partidário, suplantando o empenho de Jair Bolsonaro e de Jorginho Mello na maior cidade do Sul.

Aquém

Esse é o panorama. Registre-se que o PSD, que fez quatro dos 13 maiores, mas que, na performance geral, deixou a desejar.

Dados

O PSD perdeu pro PP, que fez 53 prefeitos. Os pessedistas ficaram com 41. E o MDB, que também perdeu terreno, saiu dos 95 prefeitos, baixando para a casa dos 70. Só Jaraguá na conta emedebista entre as cidades mais populosas.

Consolidação

O resultado eleitoral sinaliza claramente para uma posição de afirmação política de Jorginho Mello, fortalecendo inclusive o projeto de reeleição. Até porque o seu governo vem merecendo aceitação e aprovação popular.

Onda

Lá à frente, em 2026, a tendência é que Bolsonaro influencie em Santa Catarina como já influenciou em 2018 e 2022. Há seis anos, o ex-presidente elegeu um ilustre desconhecido governador, Carlos Moisés da Silva. Em 2022 ele ajudou, de maneira determinante, a eleição de Jorginho Mello, que já conta com seu apoio e que será decisivo.

Lorota

É conversa mole essa história de que o eleitorado catarinense é potencialmente conservador, mas não necessariamente bolsonarista. É só pra chover no molhado. No âmbito do conservadorismo catarinense está embutido o bolsonarismo de maneira amplamente majoritária.

Ou seja, as eleições municipais escancararam ainda mais o caminho para 2026 sob a ótica do governador Jorginho Mello.

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