Manchete

O escarnecedor

Lula da Silva continua aprontando das suas. Depois de um período em que deu uma bela submergida, o ex-presidiário voltou com força total.
O ajuste fiscal, a meta de déficit zero para a inflação em 2024 foi para o espaço. Quem disse isso com todas as letras foi o presidente de plantão, que desautorizou, desmentiu publicamente seu ministro da Fazenda, o poste Fernando Haddad.
O poste, aliás, foi derrotado por Jair Bolsonaro na eleição nacional de 2018 e por Tarcísio de Freitas em São Paulo no ano passado.
Ele que chegou ao ministério por obra exclusiva de Lula da Silva, contrariando todas as opiniões divergentes, inclusive da área econômica do PT e do governo embrionário que começava a se formar depois das eleições.
Afinal, todos defendiam à frente deste ministério tão importante um economista e não um educador, ou supostamente educador, que diversas vezes declarou não entender absolutamente nada de economia.

O vingador

Ocorre que com a manifestação de Lula a bolsa despencou e o dólar disparou, desorganizando todo o sistema financeiro nacional. Lula escarneceu, debochou. “Às vezes o mercado é muito ganancioso.” Que “doce” vingança hein?
Vamos ver como reagirão a bolsa e o dólar nesta semana curta, com feriado de Finados na quinta-feira, 2 de novembro.

Dúvida

Há uma apreensão de que os juros possam voltar a subir, encerrando a breve curva de corte da Selic. Não era a expectativa do mercado e do empresariado.
No que depender de como as coisas evoluírem até esta quarta, o Copom pode novamente elevar a taxa básica.

Anarquia

Tudo por uma declaração descabida, irresponsável de um cidadão que comemorou seus 78 anos dizendo que pretende viver até os 120.
O próprio Vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, observando o desastre já no curtíssimo prazo, começou a se distanciar do governo, do PT e do próprio Lula.

Terra de ninguém

O petista fez uma cirurgia, desapareceu por quase um mês, mas ele não se fastou do cargo e parece que quem pilotou o país foi a primeira-dama, que não foi eleita.
E Alckmin parece ter virado o vice da vice, que não é vice, mas é primeira-dama. Que beleza!

Reação

Talvez por isso, Alckmin tenha declarado apoio a Tabata Amaral, sua correligionária de PSB, à prefeitura de São Paulo na eleição de 2024. Estamos falando da capital do Estado que ele administrou por quase 15 anos.

Companheirada

O PT já fechou com Guilherme Boulos, do PSOL, o sujeito que chegou a deputado federal liderando invasões criminosas de propriedades privadas. Ou seja, há um posicionamento político-eleitoral do vice diretamente em rota de colisão com o presidente.
O paulista, pressentindo que as coisas não estejam caminhando bem, pode estar pensando em se desatrelar deste desgoverno.

Só alegria

Desgoverno que se entregou para o centrão. Entregou a Caixa Econômica Federal (CEF) para Arthur Lira, o todo-poderoso presidente da Câmara, que obstruiu a pauta e se só a desobstruiu quando um apaniguado seu foi confirmado no comando do banco estatal. Lira e seu grupo também estão indicando nomes para várias vice-presidências e diretorias da CEF.

Portento

O banco é uma potência econômica e social, com agências espalhadas no país inteiro. A CEF tem uma capilaridade única neste país.

Calma, companheiros

Lula, contudo, não perdeu tempo. Entregou a Caixa, mas busca caminhos para novamente politizar a Petrobrás, que o PT quebrou lá atrás com rombos bilionários. Ou seja, tem para todo mundo.
Talvez por isso tudo Alckmin esteja observando o cenário e puxando leve e suavemente o freio de arrumação.

foto>Pedro Kirilo, Estadão, divulgação

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