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O espólio do PSDB e o apetite do Centrão

Michel Temer está agendando encontro com Geraldo Alckmin. À primeira vista, a conversa deve ocorrer antes do dia 9 (quando o governador assumirá a presidência nacional do PSDB) e servirá para acertar os termos de uma saída, digamos, honrosa, mas que também não dinamite todas as pontes entre a cúpula tucana e os cardeais do PMDB.

A ordem do dia no tucanato é descolar-se do governo mais impopular da história deste país. Questão de sobrevivência, principalmente para deputados e senadores com vistas a 2018. Mas o arranjo do desembarque deve tomar contornos coloridos, lúdicos, porque as duas siglas podem estar juntas na composição majoritária que disputará a Presidência no ano que vem. Cenário que exige cautela extrema e canja de galinha morninha e com pouco tempero.

Até porque, a decisão do PSDB já está tomada. Os tucanos já começaram a pular fora da nau temerista. Com um detalhe: eram cinco ministros. Um (Bruno Araújo, Cidades), já bateu asas da esplanada. Restam quatro. Outros dois estão batendo em retirada. Restarão dois emplumados nos assentos ministeriais. Aloysio Nunes Ferreira (Relações Internacionais) e a notória Luislinda Valois, dos Direitos Humanos.

Cota

Aloysio Nunes deve ficar no governo. Permanecendo na cota presidencial. Quanto à quase “escrava” Luislinda, por ocupar um assento quase vazio, não se sabe e continuará ou não na boquinha. Ao fim e ao cabo, os tucanos, tucanamente, desembarcarão da administração, mas continuarão fazendo parte dela. Entenderam?

Reforma da Previdência

Nos bastidores, a anunciada saída do PSDB do governo Temer aguçou ainda mais o insaciável apetite do Centrão (grupo de partidos fisiológicos que vendem – mas não entregam – até a mãe em troca de cargos, emendas e benesses). Ao melhor estilo urubu de olho na carniça, a turma dessas legendas está pressionando Temer, que ainda alimenta um fio de esperança de aprovar algo que se assemelhe à Reforma da Previdência.

Números

Como o Planalto está longe de ter o número mínimo necessário para mexer nas aposentadorias e o Centrão movimenta-se para abocanhar o espólio tucano na máquina federal, o presidente provavelmente cederá novamente à voracidade de congressistas deste time. Mas mesmo assim, como já queimou toda a gordura de que dispunha para barrar as duas denúncias de Janot, Michel Temer pode ver naufragar de vez a proposta de mudanças na Previdência. Hoje, Temer e cia calculam ter cerca de 250 votos. Para mexer na Previdência, são necessários pelo menos 308 deputados.

Enxugamento

E olha que agora, no Congresso e no governo, se discute uma mexida previdenciária que contempla cerca de 60% do texto apresentado inicialmente.

Prazo fatal

Já foi para o beleléu a votação da Reforma da Previdência nesta quarta-feira, 6. Para salvar as mudanças na aposentadoria, vai sobrar a próxima semana (que vai de 11 a 15 de dezembro). Se nada ocorrer, qualquer reforma  ficará para o ano santo de 2019 e será pilotada pelo novo presidente, sob o inigualável respaldo das urnas. Em ano eleitoral, ninguém votará mudança constitucional polêmica.

Senado

Diversas lideranças do PSC em conversações realizadas, semana passada, na Capital, começam a traçar os nomes de seus pré-candidatos para as próximas eleições. Além de ter o propósito de eleger presidente, três deputados estaduais e um federal, o partido também terá candidatura própria para o Senado, sendo cogitado como pré-candidato o nome do deputado estadual, Narcizo Parisotto (PSC). O parlamentar é o atual presidente do PSC de Santa Catarina. Tem o apoio do presidente Nacional, pastor Everaldo Pereira.

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