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O esvaziamento político de Eduardo Moreira

No meio político existe um ditado que vez ou outra é invocado: Rei morto, Rei posto. É bem claro e real. Assim que algum líder perde o poder, o mandato, o espaço em seguida já é ocupado por outra liderança. É o que vem ocorrendo na vida política do ex-governador Eduardo Pinho Moreira. Em Criciúma, cidade que administrou, o emedebista foi escanteado, perdeu apoio e interlocução. A começar pelo “pupilo” ou ex-pupilo, deputado Luiz Fernando Vampiro.

O parlamentar abraçou o governador Moisés da Silva e chutou o balde para cima do correligionário. O relacionamento, que já era distante, foi interrompido quando o governador passou por Criciúma, semana passada, e o deputado Vampiro comparou o modus operandi da atual gestão com as do próprio Moreira e de Raimundo Colombo. O parlamentar enalteceu, jogou para as alturas, o fato de que as verbas liberadas pelo atual governador não são provenientes de financiamentos. Ao contrário do que ocorria quando o próprio Vampiro foi secretário de Estado da Infraestrutura. Em 2019, as obras estão sendo feitas com recursos próprios do tesouro estadual, realidade inimaginável até um ano atrás.

Apequenou-se

Outro sintoma da tibieza partidária e política do ex-governador em Criciúma. Contrariando Eduardo Moreira, o MDB não terá candidato a prefeito. Vai apostar todas as suas fichas na eleição proporcional. Nome do partido à prefeitura, advogado Jefferson Monteiro já deixou o Manda Brasa e vai militar pelo PL do senador Jorginho Mello.

Porta da rua

Por fim, o grupo de Vampiro correu, literalmente, com Alcione Coelho, que era o preposto de Eduardo Moreira no diretório municipal do MDB criciumense. Ele foi praticamente escorraçado do partido. Vale lembrar que recentemente outro fiel escudeiro do ex-governador também o abandonou: Acélio Casagrande, agora alinhado com o prefeito Clésio Salvaro (PSDB), de quem virou secretário de Saúde.

Vice

Evidentemente que tudo isso tem ligação direta com a perda de poder. Quando o sujeito está sem mandato, sem poder, as coisas se complicam. O desprestígio vem e cobra sua fatura. Ainda mais quando o cidadão tinha poder, mas não tinha voto. Que é o caso de Eduardo Moreira. Em três das últimas cinco eleições majoritárias estaduais, ele disputou como vice. Jamais na cabeça de chapa. Só liderou corridas eleitorais no século passado quando foi prefeito e deputado federal. Mas isso lá nos anos 1980, na virada para os 90!

Santo de casa

Eduardo Moreira não era bom de urna, apesar do poder do mandato, muito em função de sua passagem pela prefeitura da maior cidade do Sul de Santa Catarina. Ele não tem aceitação nem em seu próprio município.

Distância

O governador Moisés da Silva tem buscando aproximação com o MDB. Mas com os deputados do Manda Brasa e não com a estrutura partidária da maior sigla catarinense. E muito menos com seu antecessor, Eduardo Moreira. Um interlocutor privilegiado confidenciou à coluna que Moisés quer distância de Moreira “pela realidade presente e pela perspectiva futura”. Para bom entendedor, meia palavra basta, preconiza outro ditado popular.

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