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O fosso entre os interesses da oposição e a realidade no colegiado estadual

Começaram a circular ventilações acerca do nome de Rafael Pezenti (E), deputado federal pelo MDB, para assumir a Secretaria da Agricultura do governo estadual. Não faz o menor sentido. Primeiro, porque Valdir Colatto (segundo suplente de federal pelo PL) não sairá do cargo. Assim como também não sairão Tarcísio Rosa, que pilota a Celesc, e muito menos Coronel Armando da Defesa Civil.
Além de merecer a confiança do governador e de ser militar do Exército, Armando é íntimo de Jair Bolsonaro.

Nas duas vezes que veio descansar no Litoral Norte de Santa Catarina durante sua gestão, o ex-presidente fez questão de visitar o amigo na residência dele em Joinville.
O que está muito claro é que o PSD tenta definir, controlar, dimensionar a reforma do colegiado que o governador fará com vistas ao pleito municipal de 2024 mediante mensagens midiáticas.
Experimentado, astuto, o o governador já percebeu o joguinho. Obviamente que ele não vai cair nessa.
Como diria o ditado: lobo não come lobo, cabrito bom não berra.

O que está por trás, ainda, dessa movimentação é que o governo Lula quer se livrar de Rafael Pezenti, que vota sistematicamente contra o Planalto na Câmara. Também por influência de seu padrinho político, Rogério Peninha Mendonça (D), que abriu espaço para Pezenti disputar a Câmara, o parlamentar segue fiel ao bolsonarismo.

Não custa lembrar que dos quatro assentos do MDB-SC no Congresso Nacional, três estão no colo do chefe da Organização. Ivete da Silveira no Senado; Carlos Chiodini, que preside o partido em SC; e Valdir Cobalchini por extensão.

Não seria de se espantar que as especulações façam parte de uma articulação do PSD-SC com o Manda Brasa local para atender interesses do PT no plano federal.

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