Coluna do dia

O futuro da Lava Jato

Em um sorteio bem, digamos, atípico, o ministro Edson Fachin foi escolhido para assumir a relatoria da Operação Lava Jato no STF. Ele pilotará as investigações dos 40 inquéritos e três ações penais que tramitam na corte. Nos bastidores, a informação é a de que os membros do Ministério Público torciam pelo “sorteio” de Fachin.

Noves fora os bastidores da escolha, o ministro escolhido é dono de perfil parecido com o do falecido Teori Zavascki: discreto, sereno, focado e sem maiores ligações políticas, como seria o caso do trio Ricardo Lewandowsky, Gilmar Mendes e Dias Toffoli. À primeira vista, parece que foi o melhor para que a Lava Jato seja preservada e continue a devassa que vem fazendo na gatunagem tupiniquim.

Fachin atua há um ano e oito meses no STF e, neste curto espaço de tempo, conseguiu diluir dúvidas que o cercavam quando chegou à corte. Em 2010, ele apareceu em um vídeo de apoio à candidatura de Dilma Rousseff à presidência. Também atuou, na condição de advogado, alinhado a questões de interesse do MST no Paraná. Mas como já tomou na corte suprema decisões que desagradaram direita e esquerda, sempre mantendo-se sereno e discreto, ganhou muito respeito nos meios jurídicos e políticos.

 

Arquiteta

A presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, mostrou-se uma exímia articuladora. Ao convencer Edson Fachin a migrar da primeira para a segunda turma do Supremo, ela já sabia que o colega era o que tinha menos processos sob sua tutela entre os pares de turma. E o sistema de sorteio geralmente escolhe aquele magistrado menos abarrotado de ações para julgar. Não deu outra. Cármen surpreende positivamente a cada semana.

 

Interferência

No discurso antes da votação de quinta-feira, o presidente reeleito da Câmara, Rodrigo Maia, criticou a excessiva interferência do Poder Judiciário no Poder Legislativo e defendeu que os deputados atuem para resolver os problemas dentro da Casa.

 

Reformas

O deputado Democrata também defendeu a aprovação pela Câmara, ainda neste semestre, das reformas trabalhistas e previdenciárias, para retirar o Brasil da crise econômica. Em sua gestão, ele também quer privilegiar a discussão de um novo pacto federativo, diante das dívidas dos estados e municípios, e da reforma política. Atuação e discurso alinhadíssimo ao que pensa o presidente Michel Temer.

 

Barganha

Michel Temer foi decisivo para a vitória em primeiro turno de Rodrigo Maia. Ele prometeu nomear o tucano Antonio Imbassahy para a Casa Civil, no lugar de Geddel Vieira Lima. Mas só o fez depois que a bancada do PSDB votou em massa no candidato do Planalto. Cautela e canja de galinha…

 

Ministro em SC

O senador Dalirio Beber (PSDB), acompanhado do presidente da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina, Facisc, Ernesto João Reck, e de Murilo Gouvea dos Reis, estiveram no Ministério do Trabalho, em audiência com o ministro Ronaldo Nogueira, na quinta-feira.

 

Reforma trabalhista

“O ministro aceitou o convite da Facisc e confirmou presença para participar de um evento da Federação, em Florianópolis, no dia 17 de fevereiro, “para discutirmos com os associados a Reforma Trabalhista e a flexibilização das leis trabalhistas”, confirmou o senador.

Sair da versão mobile