Governadora interina de Santa Catarina, Daniela Reinehr, cumpriu agenda em Brasília esta semana. Esteve em audiência com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, buscando recursos para as BRs 470, 280 e 163. Freitas tem se mostrado sensível para incrementar o andamento das obras e das melhorias nas rodovias federais.
Daniela também foi ao novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, com quem o assunto obviamente são as ações de combate à Covid19.
Faz muito bem a governadora interina em buscar o que Santa Catarina precisa para melhorar um pouco a desequilibrada relação entre os impostos que são recolhidos aqui e enviados à União e o que efetivamente retorna. Há um abismo entre estes dois caminhos.
A governadora, contudo, vive um momento delicado. Apesar da agenda na Capital Federal e de todos os seus movimentos políticos de mudanças de secretariado e de acordos com lideranças políticas, os despachos em sequência do Ministério Público Federal e do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves, arquivando a investigação contra Moisés da Silva no escândalo dos respiradores.
Tacada
Daniela Reinehr, nesta segunda interinidade, mostrou-se bem mais ousada, coloquemos assim, costurando vários acordos e mudando a cara do governo, apesar da interinidade. Ela apostou alto na busca do sétimo voto para a degola definitiva do governador.
Sem digitais
Ocorre que não há o menor cabimento imaginar a cassação de Moisés da Silva depois de extinta a investigação no STJ. O inquérito, aliás, já contava com as manifestações contundentes acerca da não participação do governador na compra dos 200 respiradores fantasmas de Polícia Civil, Ministério Público Estadual e Tribunal de Contas.
Alesc
Ao fim e ao cabo, a vice-governadora, por ora guindado à condição de titular, fez vários movimentos para viabilizar-se com alternativa majoritária em 2022. O cenário, contudo, aponta para uma provável candidatura dela à Assembleia Legislativa. Este era o projeto de Daniela Reinehr lá em 2018, quando o então presidente do PSL em Santa Catarina, Lucas Esmeraldino, a convenceu a compor a chapa com Moisés da Silva. Havia procurado Caroline De Toni, que não aceitou e concorreu a deputada federal.
foto>Diógenes Pandini, DC, divulgação
