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Manchete

O futuro de MDB e de PP em SC

Na coluna de ontem, fizemos uma avaliação acerca da rivalidade, vivenciada em Santa Catarina desde o restabelecimento das eleições diretas para os governos estaduais em 1982. Tivemos algumas décadas de protagonismo entre o PDS, hoje PP; e o PMDB, que voltou a ser chamado de MDB.

Só que, no início deste século, o protagonismo destas duas siglas foi gradativamente perdendo relevância. Especialmente nos últimos quatro pleitos estaduais.

Não se pode perder de vista, contudo, que as duas agremiações poderão estar no projeto de recondução de Jorginho Mello em 2026, encaminhamento desatrelado das eleições municipais deste ano.

São 295 municípios. O MDB, desde sempre, foi o partido que controlou a maioria das prefeituras catarinenses.

Nas últimas eleições, perdeu um pouco de musculatura. Mas ainda lidera. Com o advento de Jair Bolsonaro em 2018 e a ascensão de Moisés da Silva, um ilustre desconhecido, as coisas mudaram. Em 2020, Jair Bolsonaro era presidente e o então PSL não exerceu influência no pleito municipal.

Foco

Diferentemente do que vai acontecer em 2024, quando o ex-presidente terá todo o tempo do mundo para percorrer o Brasil e especialmente SC, Estado que, entre os dez maiores, proporcionou a mais esmagadora vitória para ele no embalo do conservadorismo.

Surf

Em 2022, Jorginho Mello pegou uma carona na onda Bolsonaro 2. Não se elegeu exclusivamente por isso, mas a surfada do atual governador foi decisiva para sua vitória.

Envergadura

O PL saltou de seis para 11 deputados estaduais e de quatro para seis federais, além de ter elegido o senador Jorge Seif.

Perspectivas

Quais, portanto, são as perspectivas dos partidos para o pleito municipal de 2024 em termos de desempenho na conquista de prefeituras?

Cabeça a cabeça

É voz corrente que MDB e PL vão estar disputando, de forma equilibrada, a dianteira entre os prefeitos eleitos em outubro.

25%

Quem sabe cada qual conquistando um quarto das prefeituras catarinenses. Estamos falando de 150 municípios no total.

Divisão

As outras 145 cidades, partindo-se da premissa de que MDB e PL façam 150 prefeitos, serão disputadas pelos demais partidos. Com destaque para o PP e o PSD. As siglas menores vão eleger prefeitos residuais.

Pódio

Progressistas e pessedistas vão estar à frente desse grupo, almejando algo em torno de 40, 50 prefeituras cada um.

Tríplice

Se efetivamente Jorginho Mello levar o PP e o MDB para o projeto de reeleição, ele contará com o respaldo de pelo menos 200 prefeituras.

Calculadora

Vai depender, naturalmente, do desempenho dos pequenos partidos e de quantos municípios ficarão na conta do PSD e do PP.

No frigir dos ovos, além de contar com o apoio do eleitorado conservador, tendo a máquina estadual sob controle, o governador poderá ter a esmagadora maioria dos municípios catarinenses sob sua influência no raiar de 2026.

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