Moisés da Silva jantou, quinta à noite, com o deputado federal e presidente estadual do PSL, Fábio Schiochet. Os dois tiveram a companhia do vice-presidente nacional do partido, Antônio Rueda. Na prática, ele é quem toca nacionalmente a sigla, já que o presidente de direito, Luciano Bivar, tem idade avançada.
O trio conversou muito sobre as eleições do ano que vem. Um novo cenário está se formando para o PSL catarinense depois que o próprio Schiochet fulminou; extinguiu todas as comissões provisórias existentes. Pelo menos 10 prefeitos e vices, que já estão no exercício do mandato, serão filiados. Para serem candidatos. Ou a reeleição ou a prefeito, no caso dos vices.
A expectativa dos líderes é ter, de fato, ascendência e controle sobre a legenda, nomeando pessoas de bom senso e com perspectivas reais de vencer o pleito municipal para pilotar as novas comissões provisórias. Havia, sob a ótica dos três convivas, muito radicalismo comandando o PSL de determinadas cidades.
Meta
As projeções de Moisés, Schiochet e Rueda apontam para a conquista de pelo menos 60 prefeituras em 2020. O Instituto Paraná Pesquisas foi contratado para desenhar o mapa pré-eleitoral nestas 60 praças estaduais. Os números serão decisivos para a definição da estratégia pesselista.
Possibilidade
No jantar de quinta-feira à noite, Fábio Schiochet, que também é o secretário de Comunicação da Câmara, admitiu ir para o sacrífico e candidatar-se a prefeito de Jaraguá do Sul, sua base eleitoral. Ali, iria contra o atual prefeito, Antídio Lunelli, do MDB, que está mapeado como um dos nomes do Manda Brasa para o pleito estadual de 2022. Projeto que passa, necessariamente, pela reeleição em Jaraguá do Sul.
Reflexos
A disposição de Schiochet de concorrer a prefeito pode servir, também, no sentido de pressionar outros dois deputados federais do PSL a seguirem o mesmo caminho. Caroline de Toni em Chapecó e Daniel Freitas em Criciúma. Até porque, em caso de vitória dos três, isso seria um reforço e tanto ao projeto reeleitoral de Moisés da Silva.
Aproximação
Por falar em Caroline de Toni, ela visitou, recentemente, o prefeito de Chapecó, Luciano Buligon. Estava acompanhada de lideranças do PSL ligadas a ela. Durante a conversa, a parlamentar deixou transparecer que pode aceitar o desafio e disputar a sucessão do próprio Buligon. Dependendo dos encaminhamentos, Caroline poderá ter até o apoio do alcaide chapecoense.
Não custa lembrar que o prefeito tem atuado em perfeita sintonia com a própria Caroline e com o governador Moisés da Silva.
Reforço
Prova da proximidade de Moisés e Buligon são os investimentos em Chapecó. O prefeito lançará, na segunda-feira, um pacote de obras de R$ 100 milhões. Que ganhou um belo reforço: mais R$ 25 milhões do governo estadual.
Prestígio
Aliás, Luciano Buligon esteve em Florianópolis na sexta-feira. Prestigiou a palestra do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, seu correligionário, promovida pela Acaert. Maia detalhou a quantas anda a Reforma Tributária, que já tramita entre os deputados depois da aprovação das mudanças previdenciárias. Foi um gesto de certa gratidão de Buligon, que viajou 700 quilômetros. Rodrigo Maia foi um dos líderes do DEM que abonou a ficha do chapecoense.