Coluna do dia

O governador e seu grupo político

O governador e seu grupo político

O governo Jorginho Mello começa a ganhar contornos mais nítidos. Nessa semana, assumirá a Secretaria de Segurança Pública o procurador Paulo Cesar Ramos de Oliveira. Nome gabaritado. E que já ocupou a pasta da Justiça no segundo mandato de Esperidião Amin como governador.
Na Secretaria da Fazenda temos um nome conceituado, Cleverson Siewert, que já havia ocupado a função no mandato-tampão de Leonel Pavan, quando da renuncia de Luiz Henrique da Silveira para concorrer ao Senado.
Alguns nomes recrutados por Jorginho integraram também os governos de LHS e de Raimundo Colombo. Nada mais natural. Estamos falando de um período que se iniciou em 1999. Lá se vão quase 25 anos.
Agora é importante constatar que o governador vai construindo seu próprio grupo de lideranças políticas. Observemos quatro nomes.

Quarteto

O ex-reitor da Unoesc e ex-presidente da Acafe, Aristides Cimadon, assumiu a Educação. Assim como o ex-deputado federal Valdir Colatto, que está no PL mas passou a vida toda no MDB. É suplente de federal e assumiu a Secretaria da Agricultura. E a titular da Saúde, Carmen Zanotto e Alice Kuerten, na área Social. Esse quarteto mostra que Jorginho Mello está criando, formando e consolidando seu próprio grupo político. E administrativo.

Expansão

Além desses quatro, há vários outros nomes. Ele faz isso porque vivemos hoje uma espécie de virada na política catarinense. Vários nomes estão deixando de ter protagonismo no estado e vem a renovação.

PT e Novo

Quem nós temos hoje? Décio Lima, o grande nome da esquerda, sem sombra de dúvidas. Adriano Silva, que uma vez reeleito em Joinville no ano que vem, passa a ser uma opção estadual. E ficamos por aí.

Opções
Não temos qualquer outro nome para encabeçar uma chapa à majoritária em 2026. Vários prefeitos poderão ser uma opção ali adiante, mas para uma composição.

Fim de linha

Em 2026, os mandatos de Esperidião Amin e Ivete Appel da Silveira terão seus mandatos expirados. Os prefeitos de Criciúma, Clésio Salvaro; de Blumenau, Mário Hildebrandt; e João Rodrigues, de Chapecó, que terá dificuldades para conquistar a reeleição – o PT vem forte e a deputada federal Carol de Toni, também -, poderão se apresentar a compor.

Braçadas

Jorginho Mello, desde que realize uma boa administração, tem tudo para nadar de braçadas em 2026.

Bem que faz

O governador segue alinhado a Jair Bolsonaro, ao conservadorismo, que tem pelo menos 70% dos votos em Santa Catarina. Nas duas últimas eleições ao governo, 2018 e 2022, foi assim. Esmagadora maioria dos votos aos nomes alinhados ao ex-presidente.

Tropa

O governador tem ainda, 18 detentores de mandato (11 deputados estaduais, seis federais e um senador). Ele buscará montar uma safra de prefeitos em 2024. O senador Jorge Seif falou na eleição de 100 prefeitos. Que não sejam 100, mas 60, 70 e o PL estará totalmente no jogo, e com folga, para 2026.

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