Blog do Prisco
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O LIMITE DA BORDA

Qual é o limite da borda? Será que existe um limite? Esta borda existe mesmo ou é uma ficção?

Gostaria de escrever para você e informá-lo que a borda está perto, mas não é isto que vemos. A borda cada vez mais se distancia.

Digo isto porque tenho acompanhado quase que diariamente as informações sociais, políticas e econômicas do nosso país e do mundo. Está claro que não estamos no fim da crise política e muito menos da crise econômica e social.

Se o Brasil fosse um corpo, a corrupção seria a doença dele. Como estou escrevendo sobre o limite da borda, aqui no Brasil quase tudo já passou dos limites: a falência da saúde pública, a moral dos políticos, a situação dos presídios e as condições financeiras de cidades e Estados são uma prova clara desta realidade.

Não precisa ser cientista político para perceber esta realidade. Fica evidente que o poder não corrompe, o poder revela os corruptos. E nós, mais do que nunca, precisamos repudiar e reagir a estes políticos sem credibilidade.

O cálice da paciência com a corrupção no Brasil transbordou. Mais algumas vezes, este ano, precisaremos questionar, clamar e reagir por mudanças. A inquietação está tomando conta do povo, até mesmo daqueles que apoiaram o atual governo, e isto não é bom sinal.

Temos uma Constituição distante da realidade de nós. A lei diz uma coisa, porém a realidade diz outra bem diferente. Se hoje fizéssemos uma pesquisa com o povo sobre a validade da nossa Constituição, ficaríamos assombrados com o resultado. A realidade está muito longe do ideal constitucional.

Seria muito bom começar o ano falando de coisas boas, mas não adianta tampar o sol com a peneira. Esta reflexão se faz necessária, o alerta é imprescindível neste momento. Tome cuidado para não ultrapassar o limite da borda, principalmente com seu orçamento doméstico. Todos estão falando a mesma coisa, principalmente os valorosos economistas: não assumam compromissos a longo prazo, não gastem dinheiro à toa e economizem.

Diante de um ano que se apresenta ainda com muita obscuridade, é importante saber como se comportar. Outra coisa: não é demérito algum ou motivo de vergonha nos posicionarmos contra estas barbaridades que assolam o país.

A honestidade é um valor que precisa ser ensinado e vivido, e tomara que, neste início de ano, nossas instituições recebam dos novos administradores públicos o respeito merecido.

O Brasil precisa dar certo e vai dar certo, mas o “dar certo” não é mais importante do que “ser certo”. Comece as mudanças por você, por sua família, por seu bairro, por sua empresa. Espero que, em 2025, você e eu tenhamos novas atitudes para superar os desafios e as dificuldades.

Grande abraço.

RICARDO F. WINTER
ricardof.winter@gmail.com