Senador e presidente da Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas
Quando começaram a chegar notícias do risco iminente de uma crise sanitária, lá no início de 2020, tivemos que agir rápido. Sabíamos que a consequência natural seria uma crise também financeira. Mas ironicamente o cenário que se desenhava mostrava-se ideal para colocar em prática um projeto que já vinha desenhando há anos com a minha equipe, um projeto que eu sabia que era um sonho de todo dono de pequeno negócio: criar o primeiro crédito decente da história deste segmento no país.
Nascia assim, em maio, em plena pandemia, o Pronampe, o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte. Seis meses e mais de 37 bilhões emprestados depois, a lei de minha autoria é apontado pela mídia, parlamentares, entidades empresariais e pelo próprio presidente Jair Bolsonaro e equipe como responsável pela ação mais bem-sucedida no socorro à economia neste último ano, ao lado do auxílio emergencial.
A nossa trajetória de luta pelos micro e pequenos negócios é antiga, desde a época de deputado estadual. As micro e pequenas são quem carrega o país nas costas, quem realmente gera emprego e renda no Brasil. Foi natural, portanto, que ao ocupar a presidência da Frente Parlamentar das Micro e Pequenas Empresas aproveitasse para fortalecer esse trabalho em favor desses verdadeiros guerreiros que seguem empreendendo no país, mesmo com tantas dificuldades
Travamos uma grande luta para a elaboração, aprovação, sanção, regulamentação e sobretudo para execução de um programa de crédito que fosse factível e consensual. No meio desse caminho, teve muita briga, em especial com os bancos, mas também muita união em torno do projeto por parte de entidades empresariais, parlamentares e equipe econômica do Governo.
Em pouco tempo, o Pronampe já mostrava a que veio. Em seis meses de operação conseguiu viabilizar cerca de R$ 37 bilhões de empréstimos a mais de meio milhão de empresas de todo o país. Com juros decentes e bom prazo de carência, como o setor sempre quis e mereceu.
Eu me sinto muito orgulhoso de que este verdadeiro marco na história do crédito no país tenha nascido em Santa Catarina. E arrisco dizer que, inclusive, ser catarinense foi um dos motivos que fizeram dele o sucesso que é. Espelha um estado que tem o empreendedorismo como traço marcante e uma gente que não se entrega às dificuldades.