Manchete

O MDB é ou não é?

O MDB, Movimento Democrático Brasileiro, que no passado foi conhecido como Manda Brasa, é hoje um partido de esquerda, de direita ou de centro? Estamos falando sob o aspecto ideológico.
Centro, contudo, lembra Centrão, aquele bloco de figuras dos mais variados partidos e fisiológicos em potencial. Onde tem governo, eles, os centristas do Centrão, são governo.
Assim foi na era FHC, com Lula da Silva, Dilma Roussef, Michel Temer, Jair Bolsonaro e agora novamente sob Lula III.
Vários parlamentares do MDB estão inseridos no bloco do Centrão nesta cronologia. Outros tantos emedebistas estão fazendo o jogo do PT no plano federal.
Até porque o deputado federal Baleia Rossi, que assumiu a proa do partido em substituição a Michel Temer, atua em finíssima sintonia com o Planalto.
O MDB pilota três ministérios na gigantesca esplanada vermelha. A começar pelo Planejamento, com Simone Tebet, a presidenciável que garantia em alto e bom som que não aceitaria cargos de quem vencesse o pleito de 2022. Pois é.

Figurinhas carimbadas

Em outras duas pastas estratégicas, foram nomeados filhos de duas raposas felpudíssimas do MDB, de ficha corrida quilométrica, duas figurinhas manjadas da política brasileira. Jader Barbalho e Renan Calheiros, senadores por Pará e Alagoas, emplacaram seus descendentes no topo de ministérios.

Tudo em casa

Renan Filho também elegeu-se senador, mas acabou ministro dos Transportes.
Jader Barbalho Filho, deputado federal, é outro que está na esplanada, onde comanda a pasta das Cidades. O MDB está bem instalado, confortável.

Incógnita

E o MDB catarinense, como se posiciona nesse contexto? Não venham com esse papinho de que a seção Barriga Verde da legenda é de centro. Conversa mole. Em Santa Catarina não existe centro. Ou se está à direita ou à esquerda, seguindo a polarização entre o ex-mito e Jair Bolsonaro. Ponto.

Posicionamento

Por aqui, há emedebistas em sintonia com Jorginho Mello, Bolsonaro e a direita. Outros estão ligados com o PT de Décio Lima e Lula da Silva. É o caso daquele que foi nomeado por Baleia Rossi para presidir a comissão provisória do MDB estadual, Carlos Chiodini. Ele vem votando com o governo assim como Valdir Cobalchini.

Câmara Alta

No Senado, Ivete Appel da Silveira raramente não atende as necessidades governistas.
Portanto, da bancada federal do MDB-SC, de quatro parlamentares, três estão com o PT. Apenas Rafael Pezenti, que era fiel escudeiro de Rogério Peninha Mendonça, o catarinense que mais precocemente se aproximou de Jair Bolsonaro, faz oposição.

Fica

Até especulamos aqui que Pezenti poderia sair do MDB. Ele assegurou que não sai, mas afirma que o seu MDB não é canhoto. Segundo ele, a direção do partido em SC é de esquerda. Para Rafael Pezenti, o comando partidário local precisa ganhar rumo.

Futuro breve

As afirmações do correligionário são uma sinalização de que Carlos Chiodini poderá enfrentar dificuldades daqui para frente.
Até mesmo seu conterrâneo e amigo, o deputado estadual Antídio Lunelli, o terceiro mais votado na eleição do ano passado para a Alesc, se posiciona à direita.

Tripés

Como vai ficar isso? Pezenti, Antídio e Jerry Comper, deputado licenciado e secretário da Infraestrutura, numa ponta. Na outra extremidade, Cobalchini, Chiodini e Ivete.

Trajetória

Aqui abrimos parêntese. Jerry Comper é mais uma liderança em ascensão, que vem ocupando espaços preciosos. Sua votação para estadual, em 2022, foi quase a mesma conquistada por Rafael Pezenti para federal. Fecha parêntese.

Fiel da balança

Por fim, temos o presidente da Alesc, outro quadro emedebista em curva ascendente. Seu posicionamento poderá definir o rumo do MDB-SC. Se mais à direita ou mais à esquerda. Com a palavra, o deputado Mauro de Nadal!

Posts relacionados

Os sete do Sul e do Sudeste

Redação

Santa Catarina se prepara para receber líderes dos Estados do Sul e Sudeste na reunião do COSUD

Redação

Progressistas Celebram Sucesso Eleitoral e Planejam o Futuro em Encontro Estadual

Redação
Sair da versão mobile