Existe uma incógnita nos meios políticos sobre a quem o governador Jorginho Mello estaria recorrendo para se aconselhar politicamente, para ajudar a definir as estratégias, os posicionamentos e as projeções.
Registre-se que o atual mandatário é extremamente trabalhador, um dos governadores mais atuantes dos últimos 50 anos em Santa Catarina.
Mas quem ele tem consultado? Todas as grandes lideranças têm seus “gurus”, seus oráculos, seus sábios. O atual governador tem seu grupo político, que se fortaleceu muito nos últimos anos. O círculo de pessoas mais próximas a ele, contudo, permanece quase que inalterado há tempos.
Ocorre que entre seus colaboradores mais próximos ninguém tem perfil de grande articulador, de formulador e com perspicácia política afinada.
Na Assembleia Legislativa Jorginho não está ouvindo ninguém, o que, aliás, tem gerado contrariedade até entre os deputados do PL conforme já registramos no blog.
Entre os deputados federais não há um só que seja muito próximo ao governador. As relações e contatos são pontuais.
O senador Jorge Seif, não custa lembrar, foi absorvido na chapa eleitoral por indicação de Jair Bolsonaro.
Seif e Jorginho se conhecem há pouco tempo. Ou seja, também não é com o senador que ele busca conselhos.
Outro aspecto: o governador ganhou a eleição, assumiu o cargo máximo do estado e não deixou a presidência do PL catarinense. Acumula as funções em meio a um ritmo frenético de trabalho.
Há quem diga que Jorginho tem tricotado com Gelson Merisio, o que é verdade. O ex-deputado, contudo, está mais alinhado ao PP e com certeza não seria o conselheiro-mor do chefe do Executivo.
Merisio articula para encaminhar o PP ao projeto de reeleição do governador até porque Jorginho tem um pé atrás com o senador Esperidião Amin que, convenhamos, é imprevisível sob o aspecto político-eleitoral.
O governo está prestes a completar 10 meses e esta é uma das dúvidas que cercam o governador: teria ele um ou mais conselheiros (as)?