Deputada estadual mais votada de Santa Catarina em outubro de 2022, Ana Caroline Campagnolo era, até segunda-feira à noite, o nome do PL para compor na primeira-vice-presidência da Alesc.
Polêmica, ela teve que abrir mão porque o PL corria o risco de ficar fora da mesa diretora e ainda sem o comando de alguma das principais comissões permanentes da Alesc. A esquerda reagiu fortemente ao nome de Campagnolo, que defende com convicção as pautas conservadoras de direita. No próprio PL e em outras bancadas havia narizes torcidos ante esta solução.
Articulado e com bom trânsito em vários partidos, Maurício Eskudlark surgiu como opção de convergência tanto dentro do PL como nos quatro blocos que se formaram em apoio ao projeto de Mauro de Nadal.
A solução Eskudlark assegura uma posição de destaque ao partido do governador na mesa diretora do Legislativo, evita o racha no próprio PL e, de quebra, tem o condão de não permitir uma divisão na própria Alesc já na largada da nova legislatura.
Caso o PL não encontrasse uma alternativa a Ana Campagolo, Mauro de Nadal recorreria ao acordo original com o quarteto de blocos partidários que o respaldaram desde o início. E que lhe asseguraram pelo menos 26 votos.
CAVALO DE PAU
Neste contexto, considerando-se as várias barbeiragens cometidas pela liderança do PL para esta eleição, o partido que se dê por satisfeito. Essa história de mais uma posição na mesa, além da primeira-vice, e a presidência da CCJ, requisitada, ainda, pela legenda, ficará só nisso mesmo: requisição. Se quisessem mesmo isso tudo, deveriam ter se articulado e buscado o acordo lá atrás, mas a opção foi por lançar a candidatura de Zé Milton Scheffer sem os votos necessários com vistas à conquista da Presidência. Ficaram apenas nos 11 do PL e nos três do PP. Trocando em miúdos: a bancada do PL perdeu o timing!
Mais uma vez, ficou evidenciada e está consolidada a capacidade de articulação de Mauro de Nadal que, como já registarmos em outras oportunidades, é um nome em ascensão na política estadual.
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