Manchete

O pêndulo Bolsonaro

O presidente da República vem se portando como uma espécie de pêndulo, sempre atento em sua delicada situação após declarar guerra contra a chamada velha política e suas práticas nefastas.

No domingo, Jair Bolsonaro prestigiou uma manifestação contra o Congresso, o Supremo Tribunal Federal e a favor de um novo AI-5, o ato institucional que endureceu e consolidou o regime militar no Brasil em 1968.

Evidentemente que o presidente não defende abertamente o fechamento dos outros poderes e a volta da censura, por exemplo. Mas ficou nas entrelinhas o que motivou nova onda de críticas contra o inquilino do Palácio da Alvorada.

No dia seguinte, ontem, o presidente já tomou outra direção. Em frente ao palácio residencial, ele repreendeu um simpatizante que pediu o fechamento do STF. Bolsonaro declarou que quer o Congresso e o STF abertos, mas com transparência. Acima de tudo, disse, democracia e liberdade. E tomara que mais responsabilidade, pois o país vem sendo assolado, saqueado, vilipendiado em nome muitas vezes da “democracia.” Democracia, senhoras e senhores, não é um vale-tudo, não.

Dubiedade parlamentar

A dubiedade de Bolsonaro, no entanto, não é exclusividade dele. Rodrigo Maia é mais do que dúbio. Vive fazendo discursos pra plateia, de conquistas, avanços, etc, mas na prática conduz uma pauta-bomba na Câmara. Do jeito que está sendo encaminhado o tal socorro a estados e municípios atingidos pela pandemia, a União vai quebrar. Se o governo federal quebrar, os outros entes federados, por osmose, também irão à bancarrota.

Jogo de cena

Na quinta-feira passada, Bolsonaro atirou na direção do presidente da Câmara. Não se tratou de uma mera manobra para diluir o barulho em torno da demissão de Luiz Henrique Mandetta do Ministério da Saúde. O presidente já tinha conhecimento sobre o teor da entrevista de Maia à Revista Veja. O deputado elegeu como alvo o ministro Paulo Guedes, chegando a dizer que o titular da Economia não seria uma pessoa séria.

Escárnio

Naquele dia, um debochado presidente da Câmara provocou, dizendo que enquanto o chefe do Executivo  atira pedras, a Câmara devolve flores. Demagogia barata. Na prática, Maia está fazendo de tudo para dificultar ainda mais a atuação do presidente da República. Quem perde é o pais, sobretudo numa hora dessas.

Despropósito

Neste contexto, os governadores não tem que ficar fazendo nota de apoio a Maia e Davi Alcolumbre, presidente do Senado. Cada um que trate de governar os seus estados, mas isso é prova do jogo de Rodrigo Maia. Os mandatários assinaram a tal carta de olho nos recursos quase que ilimitados com que o deputado acena, de maneira irresponsável, inconsequente e oportunista. O que só escancara que o presidente da Câmara está fazendo festa com o dinheiro dos outros.

Doria, o manipulador

Na verdade, uma parcela de governadores, incluindo Moisés da Silva, vem sendo manipulada pelo paulista João Doria que olha única e exclusivamente para 2022, quando pretende disputar contra Jair Bolsonaro.

Lisura

Outro ponto fundamental no cenário de guerra atual, onde os oportunistas vão tentar de tudo para desestabilizar o tentar derrubar o presidente. Podem falar o que quiserem de Bolsonaro, mas seu governo até aqui não tem um só ato de corrupção. A roubalheira, a farra, de uma maneira geral, foi estancada. Não é por acaso que tem tanta gente contrariada  neste país.

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